26.3.09

ORA


hoje eu vi uma matéria triste no site www.peta.org, falando sobre o assassinato das focas, que são mortas para virarem casaco de pele. em vez de falar sobre isso, que é muito triste, preferi seguir o caminho do cronicato, que é o da pureza, da beleza, e da paz.

O chato de ser informado!


É engraçado como nos sentimos inúteis ao nos depararmos com sitcom´s. Existem situações que realmente parecem ter sido ensaiadas ou mesmo retiradas de algum filme do David Lynch.

Eu estava lendo uma matéria esses dias sobre como é chato esse papo ecológico, de como pessoas preocupadas com o efeito estufa, com a extinção de algumas espécies, com a exploração de tantas outras e tal, incomodam outras tantas que não estão nem aí para o andar da carroagem.

Bem, talvez eu esteja sendo injusta, elas estão, elas tem botons do Greenpeace, elas usam papel Reclicato da Suzano, usam detergente Ypê que planta uma árvore para você!

Sim, elas não estão nem aí, elas estão aqui do nosso lado incomodadas com o nosso papo...

...BIODESAGRADÁVEL!!!

Li esse termo e achei fantástico, uma porque, realmente é muito chato a gente conversar com pessoas que não estão afim de ouvir qualquer coisa sobre animais que sofrem, meio ambiente ou mesmo discutir sobre assuntos que são cruciais para o ecossistema.

É mais fácil divagar sobre temas corriqueiros, crises de casais, mortes súbitas, violência, tv, enfim é mais fácil falar de coisas que não nos comprometam, que não nos acusem de sermos ou termos partido, seja político ou mesmo filosófico.

Estar em cima do muro é admiravelmente mais cômodo, você fica lá em cima observando ambas as partes de lados opostos se consumindo em pensamentos e atos, enquanto você tem a comodidade de estar ali sem ser cobrado de nada, de nenhuma postura, de nenhum ato, somente ali, parado observando as coisas acontecerem.

"Viver é a coisa mais rara do mundo. A maioria das pessoas apenas existe", concordo com Oscar Wilde, existir é simples...Porque essa agora de se preocupar com o planeta?

- "Deixa quieto, a gente vai morrer mesmo"

Escutando coisas como essa eu paro tudo o que estou fazendo, ponho uma vírgula nos pensamentos e sou tomada de tamanha indignação. Sei que pessoas que completam frases como essa são as mesmas que consideram os preocupados com coisas substanciais, biodesagradáveis.

Quando li essa matéria na Folha, fiquei pensando se eu era uma biodesagradável, se eu era alguém que poderia ser evitada pelos demais por conter pensamentos inoportunos para ocasiões banais.

A gente pensa que ao entrar num ambiente acadêmico poderia conhecer pessoas dispostas a evoluir, mas é decepcionante que os centros acadêmicos contenham o maior número de pessoas estúpidas por metro quadrado. A maioria está lá por uma boa colocação no mercado, querem ter uma profissão, ser alguém, mas isso a instituição de ensino não forma.

A pessoa quer ser alguém na vida, todavia é um completo alienado, só sabe das coisas que lhe foram fornecidas pela TV, família e religião. Que espécie de verdade pode serencontrar nesses meios? Só a família forma pessoas de verdade e o conceito de família (que é a primeira sociedade que somos expostos) está a beira do colapso.

Sabe que ontem na aula, poucos sabiam quem era o Vladmir Herzog, isso me deixou mal pra caramba , porque por outro lado, todos sabiam quem era o último eliminado do BBB.

É, mais fácil existir, bem mais.

Ficaria feliz em ler Paulo Coelho e ver novela sem me sentir ridícula, ficaria mais feliz ainda de ver arte na publicidade e nos meios de comunicação e eu seria realmente muito feliz se quando eu comesse um pedaço de bife não lembrasse que isso é de outro animal e o pior que esse bife está ligado com o desaparecimento da Amazônia.


Existir acaba sendo insistir no erro de estar ausente, mesmo quando seu corpo e sua alma estão lá, queimando no mesmo inferno dos biodesagradáveis. Estamos todos no mesmo lugar!

Todos tem dó dos bichinhos, todos. Todos morrem de raiva do malvado que mata as foquinhas a paulada no Alasca, ninguém quer chutar seu cãozinho de estimação, todo mundo entra no site do Fantástico para denunciar o desmatamento da Amazônia, mas se alguém falar sobre vegetarianismo, veganismo e outras formas políticas de intervenção na sociedade de consumo, pronto, rótulo neles: BIODESAGRADÁVEIS!

É melhor que ser Biodescartável!

Existir é um erro. Viva!

..

24.3.09

POLUIDINHO


para ver maior é só clicar.

Pegada Ecológica


“Que marcas você quer deixar no planeta?”
Teste criado pela WWF para calcular qual o impacto dos hábitos daqueles que respondem as questões desenvolvidas embasadas no estilo de vida, com questões como moradia, alimentação e transporte. A partir das respostas o site estima a quantidade de recursos naturais necessárias para sustentar as atividades diárias.
Entre em www.pegadaecologica.org.br
Faça o teste! É certeza que você vai se assustar!


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21.3.09

Se você ama uns, por que come outros?

Pão de Mel(ado) Vegano Por Renata Martins


Ingredientes:

Ingredientes
Massa:
1 copo de água;
2 colheres (sopa) de aveia em flocos;
1 colher (sobremesa) rasa contendo cravo, canela em pó, 1/8
de noz moscada e 2 favas abertas de cardamomo;
1 xícara (chá) de açúcar mascavo;
3 xícaras (chá) de farinha de trigo integral;
1 xícara (chá) de melado;
1 colher (sopa) cheia de óleo vegetal;
1 colher de (sopa) rasa de bicarbonato de sódio;

Cobertura:
600g de chocolate amargo (sem leite, com alto teor de
cacau).

Modo de Preparo:

Bata no liquidificador a água com a aveia, temperos, açúcar
mascavo, o óleo e o melado. Bata até ficar homogêneo.
Misture a farinha e o bicarbonato. Adicione o líquido reservado
aos poucos, mexendo com uma espátula. Coloque em forma retangular
pequena, untada e enfarinhada. Asse em forno médio pré aquecido
por cerca de 30 minutos (até que, furando com um palito, esse
saia limpo). Espere esfriar, desenforme e corte em quadrados.

Derreta o chocolate no microondas ou em banho maria. Banhe os
quadrados de pão de melado e deixe secar sobre papel manteiga.

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Dia Mundial Sem Carne



Hoje, 21 de março, é o dia Mundial Sem Carne, apesar de ter encontrado outras datas (20/03 e 25/11) vale a pena dar nota. Sinceramente desconhecia essa data, mas agora que tomei o conhecimento, estou ajudando a propagá-la!
Pelo que entendi da data é mais voltada ao público não-vegetariano pelo mundo a fora(data realizada durante a quaresma), que tem total apoio de vegetarianos/veganos para reforçar a idéia da libertação animal.
No Brasil, os eventos são organizados pelo grupo AntiVeg (entidade sem fins lucrativos que divulga as ideias vegetarianas por meio de ações publicitárias e eventos de rua).
Em São Paulo, acontecerá um evento no parque Ibirapuera a partir das 10h de hoje e contará com panfletagem e pic-nic veg. No mesmo horário eventos semelhantes vão acontecer no Rio de Janeiro, Campinas, São Luís e Ponta Grossa.
Fica ai a sugestão de ativismo.
Cada pessoa pode ajudar de alguma forma a propagar as idéias da libertação animal. Se o seu primeiro passo já foi dado (identificar a dor que você causa), está na hora de outros não mesnos importantes serem dados.
A Revolução pelos direitos dos animais começou.

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20.3.09

Intervenção Urbana por Peta



Ativistas ficam nus para protestar contra o uso de pele
Membros do People for the Ethical Treatment of Animals e do AnimaNaturalis se fingem de mortos em Barcelona

BARCELONA - Em Barcelona, na Espanha, dezenas de ativistas do AnimaNaturalis e do People for the Ethical Treatment of Animals (PETA) - Pessoas pelo Tratamento Ético dos Animais, em português - organizaram um protesto contra o sacrifício de animais para a produção de vestimentas feitas de pele, domingo, 27.
Para alertar sobre os horrores da matança de animais, os manifestantes ficaram nus, tingiram o corpo com tinta vermelha - que simboliza o sangue - e ficaram deitados, como se estivessem mortos.
A ONG PETA é famosa por suas atuações polêmicas e por seus ideais extremistas. O lema da organização é "animais não são nossos para comer, vestir, usar em experiências ou para entretenimento". A presidente e co-fundadora da PETA, Ingrid Newkirk, descreveu o objetivo geral da organização como "a total liberação dos animais".

(www.estadao.com.br)

Podem dizer que é extremismo, eu digo que é luta pela igualdade junto aos mais fracos utilizando-se de várias formas.
'O que você pode fazer a mais pelos animais?'

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Ativismo


Animal Liberation Front (Frente pela Libertação Animal) ou ALF é um grupo que luta contra o sofrimento animal através da prática da ação direta, resgatando animais e causando prejuízos financeiros aos que provocam tal sofrimento.
É um grupo não-violento que toma as devidas precauções para não machucar nenhum animal (humano ou não), mas que se utiliza da destruição de propriedade para atingir seus fins. Como suas ações não são inteiramente respaldadas pela lei, os ativistas da ALF atuam em células, ou seja, pequenos grupos anônimos e independentes uns dos outros. Portanto, não existe uma filiação oficial nem uma estrutura centralizada, bastando apenas que os grupos sigam as diretrizes da ALF para que possam reivindicar-se como tal.
Qualquer pessoa pode fazer parte!
O que você pode fazer a mais pelos animais?

Site oficial http://www.animalliberationfront.com/

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Libertação - Abolição

Cães em CCZ - SP







13.3.09

Morrisey



Meat is Murder (tradução)

O lamento do bezerro poderia ser choro humano
Aproxima-se a faca gritante cada vez mais
Esta linda criatura deve morrer
Esta linda criatura deve morrer

Uma morte sem razão
E morte sem razão é assassinato
E a carne que você distraidamente frita
Não é suculenta, saborosa ou algo do tipo

É morte sem razão
E morte sem razão é assassinato
E o vitelo que você destrincha com um sorriso é assassinato
E o peru que você fatia festivamente é assassinato

Você sabe como os animais morrem?

Os aromas da cozinha não são familiares
Não são "acolhedores", "confortáveis" ou algo do tipo
E o sangue sendo frito e o profano odor
É de assassinato

Não é "natural", "normal" ou algo do tipo
A carne que você animadamente frita
A carne em sua boca
é você saboreando o sabor de assassinato
Não, não é outra coisa, é assassinato

Quem ouve quando os animais choram?

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2.3.09

Receita - Massa para Panqueca Vegan


Na imagem, a mesma está recheada com espinafre e tofu

Ingredientes:
2 e 1/2 xícaras de chá de trigo integral
2 colheres de sobremesa de de fermento em pó
2 colheres de sopa de óleo de soja
2 xícaras de de chá de água
1 colher de sobremesa de sal

Modo de fazer:
Bater todos os ingredientes no liquidificador até a massa ficar bem fina.
Untar uma frigideira com óleo e esquentá-la.
Despejar pouca massa na frigideira fazendo movimentos circulares, afim de que a massa fique fina.
Esperar dourar e rechear a vontade.

Rápida, fácil e deliciosa!

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Alimentação Vegetariana - pelo Instituto Nina Rosa


A alimentação vegetariana tem vindo a ganhar cada vez mais adeptos, apesar de continuar a ser minoritária entre nós. Aqui são apresentados argumentos de saúde, ambientais e económicos a favor do vegetarianismo, sendo a autora Bióloga e Vegetariana.
Irina Maia – Bióloga e Vegetariana

O vegetarianismo não é uma moda recente. Ao longo da história da humanidade houve pequenos grupos e povos inteiros, que por razões religiosas, económicas, culturais ou ambientais, seguiram uma dieta exclusivamente ou predominantemente vegetariana.

Moda recente é o destaque que os produtos de origem animal passaram a ter na nossa alimentação. Basta falarmos com os nossos pais e avós, para rapidamente percebermos que ainda há poucas décadas atrás, a carne e o peixe eram alimentos consumidos excepcionalmente em dias de festa e que o leite nem sequer fazia parte da sua dieta.

Uma vez que eram considerados “alimentos dos ricos”, assim que a melhoria nas condições de vida nos países desenvolvidos facilitou a acesso de mais pessoas a estes produtos, o seu consumo tornou-se generalizado e exagerado. Mas estes alimentos deveriam ter continuado a ser consumidos excepcionalmente, pois o seu consumo regular não é necessário à saúde e pelo contrário é causador de inúmeras doenças.

Perante o cenário actual de uma população obesa e doente, assistimos agora a um esforço das autoridades médicas, de educação da população para que readquira hábitos mais saudáveis de alimentação, com redução dos produtos de origem animal e com predomínio de produtos de origem vegetal.

Muitas pessoas seguem esse conselho até ao fim, tornando-se vegetarianos e deixando pura e simplesmente de comer animais ou produtos derivados de animais.

Apesar da dieta vegetariana ser cada vez mais tema de capa de revista, a maior parte das pessoas ainda encara o vegetarianismo com desconfiança. Consideram esta dieta anti-natural e receiam que ao retirarem a carne do seu menu ficarão sub-nutridos.

Os milhões de vegetarianos que vivem e viveram ao longo da história da humanidade são a prova viva de que é possível viver só de plantas. Mas se dúvidas existiam sobre se essa vida seria saudável, inúmeros estudos científicos recentes demonstraram que não só os vegetarianos não são mais doentes, como em média são mais saudáveis e vivem mais tempo do que aqueles que comem produtos animais.

A American Dietetic Association, publicou um artigo de revisão de todos os conhecimentos actuais sobre dieta vegetariana e concluiu que "dietas vegetarianas bem planeadas são saudáveis e nutricionalmente adequadas, sendo bastante benéficas na prevenção e tratamento de diversas doenças".

Mas como pode isso ser? Afinal de contas somos omnívoros!

É verdade, somos omnívoros. Mas o que significa isso exactamente?

Os nossos antepassados começaram por ser frugívoros (comiam apenas frutos), depois evoluíram para omnívoros, alargando a sua dieta a insectos e pequenos mamíferos e mais tarde tornaram-se pescadores e caçadores, passando a incluir no seu menu a carne de diversos animais. No entanto, durante a maior parte desse percurso evolutivo, os nossos antepassados basearam a sua dieta em plantas, sendo os produtos de origem animal um complemento da sua alimentação de onde retiravam calorias e proteínas extra.

Há quem atribua o desenvolvimento da nossa inteligência à ingestão de carne, mas foi o aumento progressivo dos cérebros dos nossos antepassados que criou a necessidade de ingestão de mais proteínas e gorduras, que a carne forneceu em abundância.

Milhões de anos depois, o ser humano inventou a agricultura e passou a produzir inúmeras variedades de cereais, leguminosas, oleaginosas, hortícolas e frutos, capazes de suprir as suas necessidades nutricionais e energéticas, de tal forma que hoje em dia, na maior parte do planeta, o ser humano já não precisa de comer carne para viver e ser saudável.

Ao contrário do que comummente se pensa, ser omnívoro não implica que se tenha de comer de tudo para se sobreviver, mas sim que se pode sobreviver com um leque variado de opções alimentares. Um omnívoro consegue viver só de carne ou só de plantas, se apenas tiver disponível uma dessas opções para se alimentar. O facto de termos inventado a agricultura, dá uma nova dimensão ao facto de sermos omnívoros, pois oferece-nos a liberdade de escolha dos alimentos.

E porque é que devemos escolher comer plantas em vez de animais?

Se no passado todos os produtos de origem animal eram produzidos de modo tradicional e extensivo, com aproveitamento de solos e paisagens não-aptas para a agricultura, hoje em dia a grande maioria desses produtos são produzidos industrialmente, com enorme desperdício de recursos naturais e com graves consequências ambientais e sociais.

Além das questões dos direitos e do bem-estar dos animais, que cada vez mais devem ser debatidas e consideradas na forma como produzimos os nossos alimentos, as questões relativas ao impacto ambiental da produção animal devem levar-nos a questionar os nossos hábitos, principalmente se nos consideramos ecologistas e pretendemos reduzir a nossa pegada ecológica no planeta.

“É ecologista? Então porque ainda come carne?” É a questão provocadora que tem gerado acesos debates entre aqueles que se consideram ecologistas.

Há aqueles que, perante os dados que apontam a produção animal como um dos maiores problemas ecológicos dos nossos dias, se tornaram vegetarianos para reduzirem o seu impacto ambiental no planeta e há aqueles que, achando que a ingestão de produtos animais faz parte da nossa ecologia, não pretendem mudar os seus hábitos alimentares, embora concordem que a produção industrial destes produtos é anti-ecológica.

Eis alguns dados perturbantes:

- Nos Estados Unidos, mais de metade de toda a água consumida é gasta na produção animal e outra estimativa aponta para que perto de 85% da água consumida no planeta seja gasta na produção animal. Para se produzir 1kg de batatas são necessários cerca de 50 litros de água e para se produzir 1 kg de trigo são necessários cerca de 42 litros, no entanto para se produzir 1kg de carne de vaca são necessários 43.000 litros de água!

- Os dejectos dos animais, que antes eram naturalmente integrados novamente nos solos, fertilizando-os, são agora produzidos em tamanha quantidade, que se tornaram um dos maiores problemas de poluição no mundo, contaminando de forma severa os solos e as águas.

- A criação de gado e a produção agrícola intensiva para alimentação desse gado, estão entre as principais causas de desertificação e de desflorestação do planeta.
Dois terços dos terrenos agrícolas são dedicados a pastagens e culturas para alimentar o gado. Estima-se que por cada quilo de carne que é produzido se percam 77 quilos de solo fértil e que 85% da erosão dos solos no mundo está associada a culturas destinadas à alimentação do gado e à produção de pastagens.

- Na actualidade, existe suficiente solo fértil, energia e água para alimentar mais do dobro da população humana existente. No entanto, entre as questões políticas e económicas que impedem milhões de pessoas de aceder aos alimentos produzidos, está também o facto de que metade dos cereais produzidos no mundo destina-se a alimentar animais para consumo em países desenvolvidos, em vez de servir de alimento aos seres humanos que passam fome em países sub-desenvolvidos.

- São necessários cerca de 7 kg de cereais e soja, para produzir 1 kg de carne nos Estados Unidos. Bastaria que os norte-americanos reduzissem o seu consumo de carne em 10%, para que mais 100.000.000 pessoas pudessem ser alimentadas com os cereais assim poupados. Foi demonstrado que se toda a população mundial fosse vegetariana, tudo aquilo que se dispende na produção animal poderia alimentar 10 biliões de pessoas, ou seja, mais do que a população humana que se prevê existir em 2050.

Devido à grande diversidade de ambientes que o ser humano ocupa, nem sempre este dispõe de terrenos férteis para agricultura ou de diversidade alimentar suficiente para poder alimentar-se exclusivamente de plantas e é preciso tomar isso em consideração, se se não quiser cair em fundamentalismos. Os animais herbívoros são capazes de transformar ervas, sem valor alimentar para o ser humano, em proteína e gordura de alto valor nutritivo e calórico e a sua importância na alimentação das pessoas que habitam regiões menos férteis e inaptas para a agricultura, não deve ser ignorada. No entanto, a produção industrial de animais para consumo, que nada tem que ver com o aproveitamento de recursos e muito pelo contrário é um desperdício de recursos, não deve de forma alguma ser colocada ao mesmo nível da produção extensiva e ao ar livre de produtos de origem animal

Poucas pessoas se podem gabar de apenas consumirem produtos animais de origem biológica e extensiva. A maioria das pessoas, principalmente as que vivem em ambiente urbano nos países mais desenvolvidos, mesmo que ocasionalmente optem por comprar estes produtos, não deixam de consumir maioritariamente os de origem industrial, apoiando assim activamente este sistema de produção animal, com todas as consequências que ele acarreta para os animais, para o ambiente e para a humanidade. Estas pessoas, que são milhões em todo o planeta, deveriam interrogar-se mais sobre as opções que tomam na hora de encher o prato e pensar em como o gesto simples de trocar o bife por feijão ou lentilhas pode ajudar a salvar o mundo.


Bibliografia:

"So You're an Environmentalist; Why Are You Still Eating Meat?", Jim Motavalli, E Magazine, January 3, 2002 (www.alternet.org/story/12162)

"Meat-eating environmentalist? How can that be?", Lisa Rogers, Toronto Vegetarian Association (www.veg.ca/lifelines/marapr/meat)

"Why environmentalists aren’t vegetarian", David Pye, VSUK Trustee, 35th World Vegetarian Congress (www.ivu.org/congress/2002/texts/david2.hmtl)

"A paleontological perspective on the evolution of human diet", Peter Ungar and Mark Teaford (www.cast.uark.edu/local/icaes/conferences/wburg/posters/pungar/satalk)

"Fruits of the Past", Colin Spencer (www.viva.org.uk/guides/fruitsofthepast)

"Our Food Our World – The Realities of an Animal-Based Diet", EarthSave Foundation, Santa Cruz, 1992

"Diet for a Small Planet", Frances Moore, Lappe Ballantine Books, 20th Annv Edition, 1985

"The Food Revolution: How Your Diet Can Help Save Your Life and Our World", John Robbins, Conari Press, 2001

"Diet for a New America: How Your Food Choices Affect Your Health, Happiness and the Future of Life on Earth", John Robbins, H.J. Kramer, Reprint edition, 1998

Leituras Adicionais

Os produtos com qualidade diferenciada e a segurança alimentar

Higiene e Segurança Alimentar: o que significa? Qual a sua aplicação?

Sistemas de Gestão da Segurança Alimentar – Introdução à Norma ISSO 22000

A Agricultura Biológica

Vantagens de comer “biológico”

Pode a agricultura biológica alimentar o Mundo?

A comida, as compras e a engenharia genética

Ambiente e saúde


Para receber este informativo, escreva para
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Enquanto isso no Mosteiro de São Bento..

Carta Aberta a Sua Santidade, o Papa Bento XVI

Por meio desta missiva, buscamos clamar pelos sentimentos de misericórdia e compaixão que certamente pautam as ações de Vossa Santidade, representante excelso da Igreja Católica Apostólica Romana. Soubemos que, nas refeições que lhe serão servidas no Mosteiro de São Bento, por ocasião de sua visita a São Paulo, inclui-se um prato à base de vitela.

Nós, grupos brasileiros e internacionais que nos dedicamos a promover ações de conscientização quanto ao sofrimento imposto aos animais, ficamos perplexos com a referida notícia.

Nossa perplexidade deve-se ao fato de que Vossa Santidade, bem como os monges que serão seus anfitriões e os integrantes de sua comitiva, decerto são pessoas bondosas e compassivas, que escolheram dedicar suas vidas ao exercício da fé. Logo, comer um alimento cuja produção caracteriza-se pela mais abjeta crueldade, é ato que não se coaduna com tais valores e intentos grandiosos.

Preferimos, então, crer que Vossa Santidade, bem como os integrantes de sua comitiva, simplesmente desconhecem os horrores que caracterizam os bastidores da produção da carne de vitela.

Humildemente, propomo-nos a expor uma parte desta lamentável realidade, que deveria envergonhar a todos nós, seres humanos, dotados de inteligência e sensibilidade suficientes para rejeitar tamanhas atrocidades.

A vitela, ou bezerro precoce, é apartado da mãe no momento em que nasce. Durante aproximadamente três meses, permanece confinado em uma cela estreita e escura. Ele fica amarrado de maneira a ter os seus movimentos restringidos e assim não desenvolver músculos, tornando a carne de vitela mais “macia”. O animal também é impedido de pastar. Alimentado apenas com pequenas quantidades de leite (não diretamente de sua mãe, mas por meios mecânicos), o filhote fica subnutrido e anêmico, proporcionando assim uma carne “magra” e clara.

Findo o confinamento e com a saúde debilitada, estes animais sensíveis e desprotegidos da companhia de sua mãe, finalmente são encaminhados ao abate em caminhões de transporte abarrotados.

Destarte, está nas mãos de Vossa Santidade a oportunidade de dar um exemplo de misericórdia e compaixão a este mundo tão carente de bondade, delicadeza e sensibilidade.

Mostre a todos, cristãos ou não, católicos ou não, que Vossa Santidade rejeita as práticas cruéis contra seres inocentes, assim como já o fez ao denunciar que a alimentação forçada de gansos para a produção de foie gras representa uma violação dos princípios Bíblicos.

Ao recusar esta iguaria originada da exploração e da tortura, Vossa Santidade terá uma excelente oportunidade para dar o exemplo da compaixão e da misericórdia como representante excelso da Igreja Católica Apostólica Romana.

Mui respeitosamente, subscrevemo-nos,

VEDDAS – Vegetarianismo Ético, Defesa dos Direitos Animais e Sociedade

Contato: George Guimarães – Fone: +55-11-5585-3475 – veddas@veddas.org.brwww.veddas.org.br

Uma lista atualizada dos siganatários desta carta pode ser visualizada no endereço www.veddas.org.br/papa.htm


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