18.10.12

II FESTIVAL VEGANO DO ABC

O Festival será montado no Estação Jovem, uma área equipada com anfi-teatro, quadra de futebol, banheiros, bebedouros, cozinha, palco, sala de vídeo, biblioteca, internet livre e super bem localizado. A 10 Km da Vila Mariana, está anexo à Estação Rodoviária de São Caetano do Sul, ao lado da estação de trem São Caetano, no ponto final de várias linhas de ônibus (que ligam a cidade às cidades vizinhas, como Santo André, Mauá, Ribeirão Pires, etc..) e com a chegada do metrô até a Estação Tamanduateí (linha verde), da Paulista até São Caetano se leva em torno de 20 minutos.




Bolo de Caneca Vegano





Ingredientes
8 colheres rasas (sopa) de água

1 colher rasa (sopa) de óleo

6 colheres rasas (sopa) de achocolatado
4 colheres rasas (sopa) de farinha de trigo
1 colher (chá) fermento em pó
Essência de baunilha (se quiser)
1 caneca de 300ml ou maior (para não transbordar)


Modo de Fazer:
1. Coloque os ingredientes secos na caneca e misture bem, depois adicione o óleo e em seguida a água, mexendo bem até formar uma massinha mais pra líquida e homogênea.
2. Deixe por aproximadamente por 3~4 minutos do microondas, cuidando pra não transbordar (se vir que vai acontecer, abra o micro, espere a massa baixar e ligue novamente).
3. Sirva quente.


5.9.12

Dicas pra se tornar vegano


Olá, amigos!!! Estamos ausentes nas publicações... sim, estamos! Vocês podem ficar bravos conosco, com certeza... mas volta e meia aparecemos por aqui com alguma publicação interessante! A de hoje não é nossa, mas poderia ser! Vimos no  http://papacapimveg.com/ e gostaríamos de dividir com vocês também!!!

Dicas pra se tornar vegano


Pensando em virar vegano? Aqui vão algumas dicas pra fazer a transição com sucesso e, de quebra, ganhar muita saúde.

1- Adicione primeiro, subtraia depois.
Ao invés de começar cortando coisas do seu cardápio, adote uma estratégia diferente: comece adicionando novos alimentos. Ser vegano não se resume a uma longa lista de alimentos que você NÃO PODE COMER e muitos ficariam surpresos ao descobrir a grande quantidade de alimentos que PODEMOS COMER. Explore esse mundo novo e só quando sua alimentação estiver bem variada, com vários legumes, frutas e grãos diferentes, passe  à etapa seguinte que é:
2-Diminua progressivamente o consumo de produtos de origem animal e aumente o consumo de produtos de origem vegetal.
Passe a comer carne sό uma vez por semana. Pare de comer queijo diariamente. Comece misturando o leite de soja a outros alimentos que você gosta (vitamina de frutas) pro seu organismo ir se acostumando. Aumente a quantidade de vegetais da sua dieta. Coma legumes refogados/gratinados no almoço, como prato principal. Capriche nas saladas cruas. Coma mais frutas. Mas vá com calma, um passo de cada vez. O ideal é que a mudança seja feita de maneira suave, assim seu corpo não terá problema em se adaptar ao novo regime e você nem sentirá falta dos alimentos que for eliminando do cardápio.
3- Lembre-se dos pratos vegetais que sempre fizeram parte da sua dieta e dos que podem ser veganizados facilmente.
Ao invés de pensar em tudo que você não vai mais poder comer tente lembrar de pratos conhecidos e apreciados por todos que são naturalmente veganos. Cuscuz, tapioca, feijão, macarrão com molho de tomate, sopa de legumes… Não precisa procurar receitas exóticas pra ter um regime vegano. E com algumas adaptações é possível transformar qualquer prato onívoro em prato vegano. Proteína de soja pode substituir a carne em lasanhas, macarronadas, quibes. Tofu mexido pode ser mais gostoso que ovos mexidos. Castanha e feijão podem ser a base de deliciosos “burgers”. Creme de castanha de caju é tão parecido com creme de leite que ninguém vai notar a diferença. Com um pouco de motivação e criatividade você vai criar receitas melhores que as originais.
4- Evite cereais refinados e coma alimentos 100% integrais.
Me refiro aqui aos cereais completos, como arroz integral, milho em grãos, cevada em grãos etc. e não aos produtos industrializados feitos com farinha de cereais integrais (biscoitos, bolachas e bolos). Cereais integrais são muito mais nutritivos do que os refinados/brancos (que perdem o gérmen durante o polimento) e, por terem mais fibras, vão dar a sensação de saciedade que o seu corpo precisa. Pão integral e macarrão integral também entram nessa categoria.
5- Capriche na vitamina C durante as refeições pra aproveitar melhor o ferro dos vegetais.
A vitamina C estimula a absorção do ferro no organismo. Incluindo uma fonte de vitamina C junto com o feijão com arroz de todo dia você tem a garantia de que seu corpo vai aproveitar ao máximo esse mineral. Tempere a salada com limão, tome suco fresco de laranja com as refeições ou coma uma mexerica de sobremesa. E lembre-se que pimentão, repolho e couve crus também são boas fontes de vitamina C.
6- Inclua frutos e sementes oleaginosas no seu cardápio diário.
Castanha de caju, castanha do Pará, amêndoa, noz, linhaça, semente de girassol etc. são ricas em minerais, vitaminas, proteínas e antioxidantes. Embora sejam calόricas, é um mito achar que elas fazem mal. A gordura presente nas oleaginosas é a gordura boa que luta contra o colesterol e faz bem ao coração. E tem mais: tirando os alimentos super calόricos e gordurosos (carne, queijo, creme) da sua alimentação, vai ter espaço de sobra pra incluir oleaginosas no seu cardápio diário sem aumentar o número de calorias ingeridas. Os nutricionistas recomendam o consumo diário de um punhado de frutos oleaginosos (inclua pelo menos uma castanha do Pará, pois uma unidade fornece nossa dose diária de selênio). Também é essencial consumir duas colheres de sopa de linhaça por dia, o que supre nossa necessidade em ômega 3. Saiba tudo sobre oleaginosas aqui.
7- Evite óleos ricos em ômega 6 (soja, milho, girassol, margarina), pois eles diminuem a assimilação da ômega 3.
Pra poder ser assimilado, o ômega 3 vegetal é transformado em EPA e DHA pelo corpo (ômega 3 de origem animal já vem na forma EPA e DHA). Um consumo elevado de ômega 6 dificulta essa conversão. Além de evitar os óleos citados acima, retire frituras e alimentos industrializados (que usam esses óleos em sua composição) do seu cardápio. Refogue os alimentos com o mínimo possível de óleo, use óleo de coco virgem na cozinha (se mantém estável mesmo com o calor) e use azeite de oliva e óleo de linhaça pra temperar saladas (nunca aqueça esses óleos, pois o calor destrói seus nutrientes).
8- Suplemente a vitamina B12.
A vitamina B12 é o único nutriente essencial que não está presente em uma dieta 100% vegetal. Ela é produzida por bactérias que moram no estômago dos ruminantes (por isso carne e laticínios contêm B12) e nas plantas, mas a dose de B12 vegetal é insignificante. Vegetarianos e veganos precisam tomar um comprimido de 10mcg de B12 por dia ou, a solução mais prática, um comprimido de 2000mcg por semana. Saiba tudo sobre esse assunto importante, e polêmico, aqui.
9- Cuidado com o excesso de soja.
Esse é um erro comum entre pessoas que acabaram de se tornar vegetarianas/veganas: substituir os produtos de origem animal (leite, requeijão, manteiga, carne) por equivalentes feitos com soja. Não há nenhum problema em ingerir quantidades moderadas de soja e seus derivados, o risco é cair no excesso. Qualquer alimento consumido em grandes quantidades é prejudicial e a soja não é uma exceção. E quando comemos muito de uma determinada comida, privamos nosso organismo dos nutrientes oferecidos pelos outros alimentos. Pode confiar: existe proteína vegetal além da “carne” de soja. Mais sobre proteína vegetal aqui e sobre a soja na alimentação vegana aqui.
10- Coma alimentos, não produtos comestíveis. 
Se tornar vegano não significa que sua dieta será automaticamente a mais saudável de todas. Refrigerante, salgadinhos, biscoito recheado e afins também podem ser veganos, mas deveriam passar longe da sua alimentação. Alimento é aquilo que saiu da terra e chegou na sua mesa com o mínimo de transformação possível e que, segundo o dicionário, “serve para conservar a vida”. Se um produto foi feito em uma fábrica, usando ingredientes criados em laboratório que prejudicam o nosso organismo ao invés de nutri-lo, ele não deve ser considerado “alimento” e sim um “produto comestível”. A dieta vegetal pode ser extremamente saudável, mas isso vai depender do que você escolher colocar no prato.
11-Aprenda a cozinhar.
Saber cozinhar significa independência, controle da qualidade do que colocamos no nosso corpo e economia. Pra veganos isso também pode significar sobrevivência, sua ou do seu veganismo. Ainda é difícil, e caro,  comer fora quando se é vegano e se você  não quiser passar fome vai ter que aprender a se virar na cozinha.  Não precisa se tornar um chef, basta ser capaz de preparar pratos nutritivos, capazes de preencher o vazio no estômago. Pros que já sabem cozinhar: aprendam a cozinhar pratos veganos. Estamos tão acostumados a preparar (e comer) pratos onívoros que ao se tornar veganas a maioria das pessoas fica sem saber o que fazer pra comer. Aprender novas maneiras de cozinhar significa ter a garantia de desfrutar de uma comida sempre saborosa e nutritiva.
12- Vegetarianos: não caiam na armadilha do carboidrato-laticínio.
Se você for vegetariano, ou estiver pensando em se tornar vegetariano antes de adotar o veganismo, aqui vai um aviso: cuidado pra não fazer da mistura carboidrato-laticínio sua refeição principal. É muito comum ver vegetarianos se limitarem a esses dois grupos de alimentos, afinal é sempre essa a opção vegetariana nos cardápios de lanchonetes e restaurantes e todo mundo gosta de macarrão, pizza e sanduíche com queijo. Mas essa combinação, além de calórica, é pobre em nutrientes e com o tempo você pode desenvolver carências. E tem mais: excesso de cálcio de origem animal impede o corpo de assimilar o ferro (por isso casos de anemia são mais comuns em vegetarianos do que em veganos). Pra manter a saúde, e a linha, privilegie alimentos como feijões, verduras, frutas e cereais integrais.
13- Seja paciente, saiba se perdoar e não desista.
Quase ninguém se tornou vegano do dia pra noite. Fazer uma transição lenta e consciente é essencial pra manter a saúde e pra que essa escolha seja duradoura na sua vida. Se hoje você não resistiu ao pedaço de queijo, respire fundo e prometa que amanhã você se esforçará mais. Ficar se culpando por eventuais “recaídas” é inútil. Mudar de regime alimentar não é fácil e requer perseverança. Se não deu pra ser 100% vegano hoje, haverá sempre a possibilidade de recomeçar tudo amanhã. O importante é não desistir.
14-Faça o que estiver ao seu alcance.
Você entende as razões que levam alguém a se tornar vegetariano/vegano, mas acha que isso seria um sacrifício grande demais pra você? Não tem problema, contanto que você não deixe de fazer o que estiver ao seu alcance. Cada passo dado na direção de uma alimentação mais ética, ecológica e saudável conta e faz uma grande diferença no final. Comer carne uma vez por semana, por exemplo, é melhor do que todos os dias. Não poder fazer tudo não é desculpa pra não fazer nada.
Pra ir mais além
A internet está cheia de sites úteis pros vegetarianos, veganos e simpatizantes. Você pode tirar suas dúvidas de nutrição, descobrir os diversos aspectos da vida vegana, militar pelos direitos dos animais, conhecer novos alimentos, compartilhar experiências, achar muitas receitas vegetais…

20.8.12

De onde vem o ovo? Como substituir?

Você sabe o que tem por trás da dúzia de ovos na sua geladeira?
http://vista-se.com.br/redesocial/por-tras-da-duzia-de-ovos-na-porta-da-sua-geladeira/

Depois disso, saiba substituir o ovo nas suas receitas :)

Usando Linhaça:
Bater as sementes no processador de alimentos até virar pó. É tão fácil que não vale a pena guardar. Quando precisar, triture uma ou duas colheres, acrescenta 2 ou 4 colheres cheias de água e deixe repousar por 15 ou 20 minutos. Junte uma colher de chá de leite de soja em pó e tem um verdadeiro substituto do ovo.

Usando Polvilho azedo:
Dissolva meia xícara de polvilho azedo em uma tigela com água, coloque na panela e vá mexendo e ontrolando, até que atinja o ponto de clara de ovo.

Usando Tofu:
Coloque 30g. de tofu, 1 banana pequena, 2 colheres de sopa de araruta e ¼ de xícara de sumo da maçã no processador, bata até obter uma massa homogânea, dose para cada ovo indicado na receita*.


Para bolos, trocar um ovo por:
1. Misture 2 colheres de sopa de leite vegetal, ¼ de colher de chá de fermento em pó.
(Trocar a manteiga pelo mesmo peso em óleo vegetal: de arroz, de girassol ou de milho)

2. Misture 2 colheres de chá de fermento em pó, 3 colheres de chá de bicarbonato de sódio, 1 colher de chá de vinagre de cidra e dosar para cada ovo na receita *

3. Misture 2 colheres de sopa de leite vegetal (soja, aveia ou arroz), ½ colher de sumo de limão, ½ colher de bicarbonato de sódio.

4. Para bolos de frutas:
Misture 1 colher de chá de araruta, 1 colher de sopa de farinha de soja, 2 colheres de sopa de água.

Para pincelar a massa:
1. Diluir em água açafrão e pincelar;
2. Colocar por cima um pouco de oleaginosas (nozes, castanhas) de manteiga vegetal;
3. Diluir shoyu com água e pincelar;
4. Diluir molho de tomate e pincelar.

Outras dicas:

• 1 clara de ovo = 1 colher de sopa de ágar-ágar em pó, dissolva em 1 colher de sopa de água:  bata bem, deixe esfriar no frigorifico e bata novamente.
• 1 ovo = 1 banana pequena verde cozida e triturada = biomassa.
• 1 ovo = banana madura amassada
• 1 ovo = 1 banana amassada: também (ótimo para doces). Adicione ½  colher de chá de fermento para obter uma textura mais fina.
• 1 ovo = ¼ xícara de ameixa seca amassada
• 1 ovo = 1 colher de sopa de óleo e 1 de sumo de maça,
• 1 ovo = baba de quiabo,
• 1 ovo = Farinha de rosca,
• 1 ovo = 2 colheres de sopa leite vegetal + ½ colher de chá de limão...
• 1 ovo = 2 colheres de sopa de amido de batata (ótimo para dar liga)
• 1 ovo = 1 colher de sobremesa de lecitina de soja com + 1 colher de sobremesa de água,
• 1 ovo = 2 colheres de sopa de água + 1 colher de sopa de azeite + 2 colheres de chá de fermento
• 1 ovo = ¼ xícaraa de purê de batatas (ótimo para dar liga).

* em receitas doces, geralmente é mais ou menos uma colher cheia para cada ovo.




10.7.12

Provei e Aprovei: Alimento de Soja tipo Iogurte Verde Campo

Na saga da vida da dieta vegana, na cotidiana dureza do dia-a-dia que nos deixa com cada vez menos tempo para qualquer coisa além de trabalhar, os veganos de 10 anos atrás comemoram poder encontrar opções para consumo em prateleiras de supermercados. Sabemos que não podemos resumir nossa luta ao bem-estarismo de apenas não comer carne, que a luta pela libertação animal é muito mais ampla e muito mais longa.

No entanto, não podemos negar que um sorriso nos sobe no canto da boca quando encontramos os dizeres 'alimento de soja' e 'sem lactose'.

Hoje, andando pelo Mercado Ema (atual Villa Real, mas pra mim continuará sempre com o nome antigo), encontrei uma garrafinha de 500 ml de iogurte sem lactose, da empresa Verde Campo. A mesma é de laticínios, no entanto possuem a opção sem lactose. Os extremistas vão dizer que é errado consumir algo de uma empresa que também trabalha com leite, no entanto, considero que o simples fato de existirem opções sem ingredientes provindos de animais é uma forma de aproximar outras pessoas para o estilo de vida vegano.

Consumi o iogurte sabor banana, mamão e maçã, o alimento vinha com polpa dessas mesmas frutas. Gostei muito. O preço foi de R$3.95 em promoção. O preço real, não faço ideia.

Enfim... se encontrarem para vender, podem comprar sem medo!
http://www.verdecampo.com.br/





4.6.12

Receita: Coxinha de Soja Picante (Vegana)

Olá, amigos! Pedimos desculpas pela ausência. Sim, temos todas aquelas desculpas esfarradas sobre falta de tempo, trabalhos e tudo mais, mas sabemos que não devemos deixar de lutar pela libertação animal nunca. 

Para compensá-los, hoje publicarei a receita de um dos itens mais pedidos no meu buffet. A coxinha de soja picante! Espero que gostem.


Não se esqueçam de curtir nossa Fanpage no Facebook:

https://www.facebook.com/Cartuntivismo 

COXINHA DE SOJA PICANTE



INGREDIENTES

Massa

1L de água
100 ml de óleo de soja
1 Tabelete de caldo de legumes (esfarele-o)
+ ou - 650g de farinha de trigo
sal a gosto
Farinha de rosca

Recheio

Soja da grande desfiada
cebola ralada
manjericão
páprica picante

MODO DE FAZER

Prepare a soja antes da massa, a fim de quem a mesma esteja pronta antes que a massa esfrie.

Esquentar a água (mas não deixar ferver), acrescentando o caldo de legumes e o sal. Mexendo sempre, adicione o óleo e a farinha de trigo aos pouco, a fim que a massa vá ficando firme, e solte do fundo da panela. Ela não deve ficar seca, nem grudenta.

Com ela ainda quente, distribua em um tabuleiro (ou pode ser na pia mesmo, se bem higienizada) para que a mesma seja aberta. Modele as coxinhas, recheando-as, é importante que a massa esteja morna, portanto, se você for um pouco devagar na monatagem, peça ajuda! Empane-as na farinha de rosca e só fritar.

Rende 25 coxinhas grandes.

29.4.12

Ciclo de palestras: Novos Abolicionismos


Link do evento:

https://www.facebook.com/events/111685868966804/

Local:

Departamento de Ciências Sociais e Letras da UNITAU - Rua Visconde do Rio Branco, 22 - Centro - Taubaté (SP) - Próximo ao antigo fórum. 

27.4.12

Brown List Vale do Paraíba - Reclame aqui você também.


Quantas vezes, enquanto consumidores, não temos nossos direitos (previstos em lei) desrespeitados? Quantas vezes, por preguiça de enfrentar a burocracia, ou por qualquer outra razão deixamos passar? Nos omitindo quando explorados, enganados ou desrespeitados, estamos sendo coniventes para que a pessoa ou empresa faça o mesmo com outros.
Com a popularização da internet e o crescimento do acesso a informação, o perfil do consumidor mudou. Ele está pautado no Código de Defesa do Consumidor, e, com a ajuda das mídias sociais, ele pode se fazer ser ouvido e provocar um efeito viral quando se sente realmente ofendido. E esse fato que pode trazer mais danos a empresa que um simples processo.
O mesmo aconteceu com o consumidor vegetariano/vegano, que está conseguindo fazer valer cada vez mais os seus direitos e avançando na criação de leis específicas para produtos destinados a esse determinado seguimento.

Pensando nessa mudança de perfil, foi criada a Brown List do Vale do Paraíba. Uma Fanpage na mídia social Facebook, em que os consumidores da região podem enviar suas reclamações. Os administradores verificarão a pertinência das mesmas, as publicarão e tentarão contato com as empresas. Essas, por sua vez, terão a oportunidade de apresentar sua réplica. Por fim, haverá uma avaliação se o caso foi resolvido satisfatoriamente ou não.


Nós do Cartuntivismo fomos os primeiros a registrar uma reclamação!
Vamos aos fatos: Existe, no Centro de São José dos Campos, um restaurante que possui uma placa gigantesca com os dizeres RESTAURANTE VEGETARIANO, seu nome é Cons-ciência. No mesmo funciona uma espécie de lanchonete. Certa vez pedi uma coxinha e para minha surpresa havia frango e não soja ou qualquer outro recheio vegetal. Pelo que me consta, para possuir uma placa com esses dizeres, não deveria haver nenhum alimento com carne. Adentrando ao restaurante, verifiquei que há, também, frango frito sendo vendido no self-service.


Resumindo, aquela placa significa propaganda enganosa, segundo o que consta no Código de Defesa do Consumidor:


Art. 37. É proibida toda publicidade enganosa ou abusiva.§ 1º É enganosa qualquer modalidade de informação ou comunicação de caráter publicitário, inteira ou parcialmente falsa, ou, por qualquer outro modo, mesmo por omissão, capaz de induzir em erro o consumidor a respeito da natureza, características, qualidade, quantidade, propriedades, origem, preço e quaisquer outros dados sobre produtos e serviços.


Estamos aguardando o retorno da reclamação.Mas até o presente momento não houve réplica.

Sentiu-se lesado enquanto consumidor, também?

Curta a Brown List Vale do Paraíba e envie sua reclamação!



20.4.12

Hora de se mover!

                                                            SILÊNCIO ROMPIDO!  

O BARULHO DOS DEFENSORES DOS ANIMAIS PROVOCA COMISSÃO E JURISTAS 
E GANHA ESPAÇO NA MÍDIA 

    A mobilização dos defensores dos animais nas últimas semanas trouxe à pauta uma discussão que até então estava esquecida na Reforma do Código Penal e que muito provavelmente pegaria a todos de surpresa.
    A informação de que o projeto pode encampar a lei dos crimes ambientais e que as condutas hoje previstas como crime seriam transformadas em meras infrações administrativas mobilizou um grupo formado por defensores dos animais, juristas, parlamentares, secretários de estado e até mesmo o relator da comissão de reforma do código penal a se unir e lançar uma carta aberta em repúdio ao possível retrocesso.
    Tal iniciativa provocou a comoção de vários artistas, que entenderam o perigo iminente e aceitaram gravar vídeos alertando a população sobre a gravidade da situação, convocando-os a assinarem a petição em apoio à carta aberta

Finalmente o assunto foi colocado em pauta e conseguiu a atenção de jornais, revistas e outras mídias:
Veja a lista completa aqui
Nossa luta pela manutenção das condutas de crueldade contra animais como crime e pelo aumento das penalizações está apenas começando, uma vez que o anteprojeto será apresentado no Senado, em 25 de Maio, e à partir de então poderá sofrer, ainda, várias modificações.
Precisamos nos manter alertas e coesos. 
Focados no mesmo objetivo.
ASSINE A PETIÇÃO!

7.3.12

Nutrição para Crianças Vegetarianas

Parte 1

Parte 2

Parte 3

Parte 4

Vaidade Vegana: Cuidados com a pele



Muitas pessoas VEGetariANAS se queixam do envelhecimento precoce da pele, após os 25 anos, devido a não ingestão de colágeno. Dei uma pesquisada e saiu na Revista dos Vegetarianos, n°63 uma matéria sobre o tema. A seguir, um resumo com os principais pontos.

A deficiência do colágeno pode causar fragilidade nas articulações, nos ossos, nos cabelos e unhas, rigidez muscular, problemas com o crescimento, dentre outros. 
O nosso organismo começa a reduzir a produção de colágeno à partir dos 25 anos. O Colágeno endógeno é sintetizado no corpo humano já  o Colágeno Hidrolisado, é um nome utilizado para denominar um composto de aminoácidos extraídos de fonte animal.
É importante atentar que os suplementos da referida proteína, são todos de origem animal, geralmente de bovinos. O colágeno é uma proteína produzida pelo corpo, assim, a dosagem pode ser aumentada simplesmente através de alimentos que estimulem a sua produção.

A nutricionista Silvana Portugal especializada em dietas veganas e vegetarianas, ensina que o primeiro passo para produção de colágeno é manter uma dieta diversificada, rica em alimentos integrais e orgânicos, como cereais, leguminosas, vegetais e frutas.

A nutricionista cita ainda as "algas marinhas", como uma ótima fonte para produção do colágeno.

Nutrientes que contribuem para a fabricação do colágeno:

silício (cereais integrais, principalmente aveia, cascas de frutas e cogumelos);
selênio (cereais integrais, leguminosas, pepino, sementes, orleaginosas e frutas secas);
zinco (cereais integrais, leguminosas, sementes e oleaginosas);
resveratrol (uva rubi, amendoim e pistache);
vitamina C (brócolis, couve, pimentão, manga e frutas cítricas);
vitamina E (cereais integrais, leguminosas, oleaginosas, sementes, frutas frescas e secas).

Alimentação saudável, aumentando a produção de colágeno, aliada à atividade física, é uma ótima dica para manter o corpo saudável e sem flacidez.
Atente: o colágeno sintético (proveniente de fonte animal), estão presentes nas balas, chocolates, shakes, gelatinas, chás, iogurtes, cápsulas e cremes.

Fonte: Revista vegetarianos - número 63.

 
Thaila Ayala - atriz e modelo, vegetariana e ativista.

Proliferação de produtos vegans

Sou abolicionista, tento ser o mais coerente possível na luta pela libertação animal. Sei que, hoje em dia, muitos dos ativistas lutam apenas pela melhoria no atendimento da sua escolha de vida, resumindo-se ao aumento de opções vegetarianas/veganas no mercado, sendo que o foco deveria ser o fim da tortura em si.
No entanto, como eu acredito que nunca haverá libertação animal, enquanto não ocorrer a libertação humana, considero um avanço as facilidades do mundo atual para manter-se numa dieta vegan. Por mínimo que seja o esforço, mesmo com motivações erradas, não consumir alimentos de origem animal já é algo a ser considerado.

 Somos 9% de ovolacto-vegetarianos no Brasil e uma parcela grande que migra ao veganismo. As empresas que exploram (animais e homens), só entendem a linguagem do lucro. Tentamos fugir do sistema capitalista, mas ele nos engloba novamente. Então façamos seu jogo. Façamos com que a quantidade de empresas que possuem produção sem derivados de animais, aumente, e façamos com que muitas mudem sua postura para cruelty free. Tentar mudar as coisas de dentro e aos poucos é a única forma de revolução efetiva.

Hoje, andando pelo shopping, resolvi entrar na Cacau Show. Perguntei sobre o chocolate sem lactose, e para minha surpresa, haviam duas opções! A barra de chocolate e o moldado de chocolate meio amargo Miau, ambos da linha especial Zero Lactose.Glúten. Os dois são meio amargos, mas há uma diferença sutil entre eles, devido a concentração de cacau. A barra tem 50%. O valor foi de R$8,90 cada. Só considero caro, pois sei o preço de fabricação, mas é condizente ao preço dos concorrentes que levam leite em sua composição e até mais barato que outros meio amargos com grande concentração de cacau.

Para os que sentiam falta das 'gordices', tem até ovo de páscoa! Delicie-se.

Seguem fotos:
 






27.2.12

É pão, mas você comeria?



Pode parecer até mentira, mas, acreditem, é verdade!

Esses pães são o resultado da criação do padeiro e artista plástico Kittiwat Unarrom. Ele trabalha na loja Eat Bakery, em Ratchaburi na Tailândia. Ele explica que a sua admiração pelo corpo humano começou quando assistiu à morte do pai. Unarrom conta que desenvolveu essa sua técnica durante o curso de arte na Universidade de Chulalongkorn.
O que ele pretende com isso?
Kittiwat Unarrom diz que a proposta é "a de traduzir a mortalidade com a dor a ela associada". Para que isso fosse possível, seria imprescindível o máximo de realismo.
Há três semanas, Kittiwat passou a vender seus "produtos" na loja. O grande sucesso foi no dia de Haloween, que ele fez 100 pães por encomenda para uma cadeia de departamentos de Bangkok.
O padeiro-artista tornou-se conhecido na Tailândia no ano passado depois de se apresentar em uma mostra contemporânea um "busto" assado especialmente para a ocasião. Ele diz que para essa estranha criação, foram mais três meses de visitas diárias ao hospital da cidade.
Unarrom usa, além da massa tradicional, geléia de morango, e também chocolate para imitar sangue coagulado. Quem provou dos pães afirma que são deliciosos!

Ai fica o questionamento, por que animais mutilados despertam  o apetite das pessoas, e qualquer coisa semelhante ao animal Homem, desperta repúdio? Reflita. A dor é a mesma.

--

1.2.12

Meu animal sumiu. O que fazer?





Caso seu cão ou gato tenha fugido ou desaparecido, as providências a serem tomadas são as seguintes:
  • comunique o desaparecimento/fuga aos vizinhos;
  • informe o desaparecimento/fuga às clínicas veterinárias, petshops e bases comunitárias da PM da região ;
  • logo em seguida, produza um cartaz com foto do animal, que possa ser afixado nestes estabelecimentos e em pontos de grande circulação(supermercados, padarias, cabelereiros, pontos de ônibus). O cartaz, além da foto, deve conter dia (e hora se possível) do desaparecimento, local onde o animal foi visto pela última vez, indicações que permitam a identificação do animal (porte, raça definida ou não, sexo, pelagem, cor da coleira, guia, nome dele.) e os seus dados de contato;
  • produza uma mensagem eletrônica (e-mail) com as mesmas informações e envie para seus contatos que morem na região do desaparecimento;
  • avise as organizações de defesa animal locais sobre a fuga/desaparecimento, solicitando que repassem a mensagem sobre o desaparecimento;
  • divulgue este cartaz nas redes sociais e peçam para compartilharem;
  • anuncie o desaparecimento em sites com seção destinada a isto.
    Sugerimos os sites:
  • há também detetives especializados em encontrar animais.
E, claro, quando encontrar o animal, além de avisar à mesma rede que você contatou anteriormente para comunicar o desaparecimento, providencie imediatamente uma plaquinha de identificação do mesmo, com seus dados de contato. Desta forma, se ele desaparecer novamente, quem encontrá-lo poderá devolvê-lo. As plaquinhas são encontradas em petshops, alguns até já providenciam a gravação dos dados.
E muito cuidado para evitar novos desaparecimentos e fugas!! Reflita sobre as situações que as permitiram ou provocaram e busque soluções. O animal estava infeliz? Por que? Portões foram deixados abertos?O animal não era castrado e fugiu para se reproduzir?
Um dos motivos mais comuns para fugas são os fogos de artifício, os raios e os trovões. Os animais ficam em geral apavorados. Procure certificar-se de estar perto dele ou de que alguém que ele goste e confie esteja junto dele nesses momentos de estresse. Não adianta dizer a ele que é só um rojão...para ele, é guerra, é perigo e ele pode tentar fugir, aterrorizado. No caso dos fogos de artifício, prepare o animal para enfrentar períodos em que a queima é mais frequente, como Natal, Ano Novo, Copa do Mundo, festas de São João:
  • procure orientação especializada para obter prescrição de calmantes fitoterápicos e florais;
  • se necessário, nestas ocasiões confine o animal em um cômodo seguro da casa;
  • não prenda cães a correntes, eles podem se enforcar por conta do pânico;
  • se tiver muitos cães, reflita se é o caso de deixá-los juntos, pois na hora das explosões, agitados por conta do barulho, eles podem brigar entre si.

  • Fonte: Instituto Nina Rosa

30.1.12

PINHEIRINHO PEDE SOCORRO - Famílias e Animais

Domingo, dia 22 de janeiro, era para ter sido um dia de mobilização pela causa animal em várias cidades do Brasil. São José dos Campos era uma delas. No, entanto, absurdamente, a prefeitura da cidade fez-se cumprir a ordem da juíza Márcia Loureiro, mesmo com a ordem do Superior Federal que cancelava a reintegração de posse. Muitos abusos foram cometidos pelos policiais. Muitas coisas desumanas, que a televisão não mostrará nunca, aconteceram, e não pudemos participar das manifestações em prol dos animais.


Quero com esse texto, frisar a denúncia que fiz na página do Cartuntivismo no Facebook, no mesmo dia 22. A de que muitos animais foram abatidos cruelmente pelos policiais. Casas foram demolidas, sem que as famílias pudessem pegar seus pertences e levar seus animais embora. Desse massacre, hoje, cerca de 500 animais que sobreviveram estão a deriva na região, passando fome, sendo atropelados na avenida próxima, entre outros maus tratos.


Espero que você, que tem amor pelos animais, possa ajudá-lo, mas que também não se esqueça das famílias que estão passando por enormes dificuldades, sem o mínimo para sobrevivência nos 'abrigos' que a prefeitura improvisou aos mesmos. Estamos passando por um momento em que é necessário colocar em prática o amor o próximo. Seja ele da mesma espécie ou não.






16.1.12

Você sabe o que é Carmim? ( INS120 )


Carmim é um corante vermelho brilhante feito de cochonilhas esmagado.

Este corante é usado em uma grande variedade de produtos, de queijo a tintas, e as pessoas desconhecem muitas vezes a sua utilização devido ao fato de que as leis de rotulagem em geral, não exigem a divulgação da carmim. Carmim tem atraído uma grande atenção em algumas comunidades, como a comunidade vegetariana devido ao seu uso como aditivo alimentar.

Em muitas regiões do mundo, a maioria dos consumidores não sabem o suficiente identificar a substância, que também é listada como o lago carmesim ou vermelho natural número quatro, e na União Europeia, é identificado como E120, ou na maioria das vezes INS120.

Para fazer o carmim, os produtores reconhem milhares de insetos da cochonilha e, em seguida, os esmaga. Dependendo das condições em que os insetos são esmagados, a cor da tintura pode variar consideravelmente, e esta é uma consideração importante para as empresas que querem fazer as tinturas consistentes

Carmim pura é vermelho e muito quebradiço. O corante é frequentemente adulterado com outros materiais, para torná-lo mais fácil de manusear e transportar, e às vezes pode ser difícil controlar a qualidade e segurança de carmim. Depois de preparado, carmim é vendido a uma grande variedade de indústrias para o uso em coisas como corantes têxteis, tintas, alimentos, cosméticos e flores artificiais.

Como aditivo alimentar, carmim é uma fonte de preocupação para algumas pessoas. Para os vegetarianos e pessoas que seguem religiões com restrições alimentares, o fato de carmim muitas vezes não ser rotulado é muito frustrante, pois ele pode fazer carmim ser difícil de se evitar. Algumas pessoas também têm reações adversas a carmim, o que levou a um impulso entre os ativistas de segurança alimentar identificar claramente carmim para que as pessoas que desejam evitar poderá fazê-lo.

Fique ligado! O INS120 é usado por algumas empresas em iogurtes, bolachas, sorvetes e outros alimentos para realçar a cor. Para cada quilo do pigmento, vão 150.000 besouros!

fonte: Talmidin Robson Renato Pellegrino, vegetarianismo.com.br,

14.1.12

Auto-critica ao movimento de libertação animal



MERCADORIA E LEI
(CRÍTICA ÀS POSTURAS LEGALISTAS E CONSUMISTAS)

Debate de 17/03 na Casa da Lagartixa Preta – Santo André
O capitalismo tem o poder de absorver as lutas. O ingênuo movimento pela libertação animal pede mais produtos vegetarianos e mais controle do Estado para com os especistas.
Uma das maiores falhas que o movimento de libertação animal possui é a escassa relação deste movimento com outras causas igualmente anti-autoritárias. Ainda que no discurso se relaciona o especismo com o sexismo e/ou racismo, e ao falar de libertação animal se fala que esta inclui a libertação humana e da terra, na verdade é que na prática muitos veganos alegrariam-se se multinacionais como o Mc Donald’s incluísse em seu cardápio hambúrgueres de soja.
Tanto no discurso como na prática de muitos veganos se pode observar não só uma falta de crítica se não até uma esperança no atual sistema, acreditando que a abolição da escravidão animal se pode alcançar (leia: capitalismo verde), neste sistema de dominação. Paralelamente se consolida um mercado alternativo de perfumes, cosméticos, restaurantes, sapatos, presuntos e queijos de soja, bandas musicais, etc, 100% “livre de crueldade”.
Sendo uma testemunha da crescente cumplicidade entre o consumismo/sistema capitalista e o veganismo, Gilles Dauvé em sua “Carta sobre a Libertação Animal”, escreveu:
“Porque entre os jovens urbanos do ocidente, no princípio do século XXI, se repugna a visão de um homem vestido de caçador disparando em coelhos e patos?
A preocupação pela natureza, por questões ecológicas e as reações ao abuso de animais não são sintomas de que a humanidade enfim está se conscientizando de seu impacto sobre o resto do planeta, se não de que o capital precisa pensar globalmente, levando em conta o passado e o presente, desde os templos Maias até as baleias e os genes. Tudo o que o capital domina deve ser controlado e classificado para poder ser administrado. Tudo o que se pode comprar e vender deve ser protegido. O capital possui o mundo e não há proprietário que não seja mais apreensivo com suas posses.
No princípio do século XIX a burguesia explorou fortemente a vida e a força de trabalho de milhões de trabalhadores. Em parte, graças as ações desses mesmos trabalhadores, essa exploração se foi fazendo cada vez menos destrutiva e mais rentável. Mesmo assim, hoje em dia o capital não pode continuar esbanjando tranquilamente milhões de macacos ou árvores.
… (atualmente) não existe fome nem massacres como em 1900 ou 1945. A dieta entre os trabalhadores é hoje em dia mais rica e balanceada que na época de Marx; se tem tanto acesso a comida industrializada como a diversões ou viagens industrializadas. A expectativa de vida segue aumentando (e a mortalidade infantil diminuindo). O que hoje em dia é pior que em 1948, 1917 ou 1945, é que nunca antes tantos seres vivos foram convertidos em dinheiro, ou em processos que envolvem dinheiro. Nunca antes os seres humanos foram tão dependentes de algo que está por cima deles… até agora, tão incapazes e sem vontade de mudar a situação.
As condições humanas e animais estão piorando, mas só no sentido de que tudo está sendo capitalizado. Assim, os horrores mais invisíveis cometidos contra humanos e animais, estão somente aparentemente transformando-se em menos horríveis.
Que o capital mutila e humilha aos seres humanos, e mata a milhões de animais, é verdade. Mas aí onde o capital se desenvolve e chega a ser “puramente” capitalista, se distancia cada vez mais da tortura e da violência aberta. Igual a exploração animal, a discriminação sexual e racial formam parte do capitalismo. Com freqüência os supera e os substitui com formas melhor adaptadas. Manifestações de racismo informal ou institucional reaparecerão sempre em algum país capitalista, mas em nenhuma parte o racismo é imprescindível para o capital.
O capital toma a vida (em todas suas formas, desde o trabalho humano, árvores e vacas, até contos infantis e emoções), a produz e a desenvolve transformada. Nisso se diferencia de todos os sistemas de exploração anteriores. Nisso estabelece sua força. Diferente de um vampiro, o capital nos suga a energia, mas nos mantém vivos e nos faz crescer, produzir, comprar e cumprir um papel. A produção de valor e o consumismo funcionam porque somos seus agentes ativos e passivos.
O capital depende do abuso, do confinamento e da repressão, mas sua essência não é mais violenta que não violenta. Trata com dureza quando tem que fazê-lo, e com suavidade quando lhe é conveniente.
Em 1830 era necessário obrigar crianças de 5 anos a trabalhar doze horas diárias, mas como mostra a história, tais práticas não definem os interesses empresariais. Lutar por formas de exploração não violentas só contribui para desviar a opressão de um nível a outro. A fabricação de comida sintética está permitindo ao capital fazer realidade de uma maneira monstruosa o sonho da bioalimentação.
Não se pode parcializar, priorizar ou dividir as lutas, não podemos ser tão ingênuos para exigir (ou lutar por) nossos desejos de igualdade de forma ilhada. Uma sociedade sem especismo (ou sem racismo nem homofobia) não garante a reapropriação de nossas vidas nem a libertação de nada, se é que por liberdade entendemos a autoregulamentação de todas as formas de vida, isso é, naturalmente, sem dominação nem competição.
… Mas, por acaso não é porque os humanos pioraram depois de começarem a ser tratados como objetos, que os animais e plantas foram coisificados também? Se criticamos a indústria do automóvel não é porque ela está vinculada com o modelo dos matadouros. Se criticamos o capitalismo, é porque a produção de valor transforma tudo, seja a carne ou a poesia, em mercadoria. Deste ponto de vista, não tem sentido exigir que exista mais poesia (ou tofu) e menos hambúrgueres. Enquanto ambos produtos rendam benefícios, as fábricas seguirão fabricando.
Podem existir fábricas de qualquer coisa. É a sociedade da linha de produção que temos que entender e revolucionar, independentemente de que esteja manufaturando carne empacotada, pão ou televisores.”
Alguém também se expressou hommodolars.org
“… é muito comum ver na imensa maioria das organizações de direitos animais sua incapacidade de romper com a mísera realidade das relações capitalistas. Talvez não o queiram fazer. Talvez se sintam bem com seu modo de vida – os indivíduos – de trabalhar ou estudar, consumir, divertir-se e para sentir-se bem, ajudar os animais. Podem existir muitas razões, mas há algo inegável que seria bom alguma vez levarem em conta: o modo de exploração dos homens e mulheres e a conseqüente mercantilização da vida humana se transpassa igualmente aos animais, portanto não é uma conduta própria do ser humano mudar para uma conduta respeitosa e distante ao especismo, se não, que a erradicação desta realidade passa exclusivamente pela superação do CAPITALISMO ou qualquer tipo de sistema social e econômico que coloque os lucros, benefícios, poderes e luxos acima da liberdade individual. Isso é a destruição da Sociedade de classes.
(…) O problema dos animais não é que precisem ser tratados melhor.Não é que o cavalo apanha para puxar uma charrete. Não é que os animais sejam esterilizados ou não. Não é que exista uma legislação que tipifique como coisas. A pergunta que nos deveríamos fazer é que condição faz possível que tudo isso aconteça? A resposta é a mesma de sempre: a exploração do homem, mulher, criança, árvore, mar, animal.”
Devido, talvez, a frágil crítica que o movimento pela libertação animal faz das estruturas de dominação em seu conjunto, é comum ver animalistas exigindo leis, sanções e regulamentos ao mesmo aparato judicial que protege e reproduz a dominação. O texto intitulado “não se pode legislar a liberdade” do folheto “A Falsa Oposição da Libertação Animal” é muito claro a respeito:
“Alguns acreditam que se deveriam proporcionar direitos legais e proteção aos animais. Aplaudem as proibições de brigas de galo, porque se observa como uma ajuda aos animais e um acréscimo a suas vitórias. Mas criticam as leis que protegem os negócios que usam animais. Por um lado aceitam a lógica do Estado, uma vez que existem leis, e por outro, ignoram que o sistema legal regula a sociedade, fazendo-o eficiente, disciplinada e controlável. As leis validam o controle social ilegalizando os ingovernáveis e protegendo os poderosos.”
O Estado protege as indústrias de animais e outras empresas capitalistas; esta é a coluna vertebral e a força bruta do sistema capitalista. A lei criminaliza qualquer um que se oponha ao suave funcionamento do capitalismo. Os códigos legais mantêm as relações sociais de capitalistas; o conceito de propriedade e seus bens são santificados. Qualquer abaixo-assinado por leis intensifica o poder do sistema legal e sua mitologia de justiça legal e moral. Ter fé nas leis é ter fé na exploração capitalista, reforçada por policiais, burocratas, juízes e legisladores. Eles não têm nenhum interesse em mudar a ordem social, da qual obtém benefícios. Fazer uma lei que proíba a crueldade animal aqui, ou uma lei contra a presença de animais nos circos ali, supõe uma mudança insignificante, apesar de que alguns digam que são vitórias. As indústrias de produção continuam levando mais e mais animais aos matadouros. A miséria continua e o aparato legal assegura isso.
Se quisermos tirar os animais do degradante sistema de produção que estão submetidos, teremos que recusar qualquer suposto remédio oferecido pelos mecanismos eleitorais e legais do Estado.
Adendos:

*Etimologia
A palavra capitalismo vem do latim caput, uma referência às cabeças de gado que definiam um homem rico. E pecuária tem a mesma raiz de pecunia, latim para “dinheiro”.