19.5.10

Voce realmente proteje os animais?

Hoje em dia a proteção animal virou um modismo. Muita gente acha bacana dizer que é “Protetor de Animais”, mas o que exatamente ser um “Protetor de Animais”?
 
Para começar gostaria de esclarecer que proteger animais não é chamar uma ONG ou ligar para um protetor independente quando um animal está sendo mal tratado. Proteger animais também não é ficar no computador apenas repassando pedidos de ajuda, nem se sentir no direito de exigir e cobrar que pessoas ligadas a causa façam o que você considera certo fazer. Estas são apenas formas de divulgar ações e necessidades ligadas a causa, e não a proteção em sua essência.
 
Em primeiro lugar é importante saber que protetores de animais são pessoas iguais a você, eles trabalham, estudam, possuem família, filhos, quintal pequeno, moram em apartamento em alguns casos, mas decidiram arregaçar as mangas e fazer a diferença. Um dia desses eu ouvi que “ser protetor de animais é um apostolado”, e isso significa você dedicar sua vida, seu tempo e seu dinheiro a uma causa que muito provavelmente “nunca” lhe trará nenhum retorno material. Consiste também em mudar seus hábitos alimentares (parar de consumir carne), hábitos de diversão (rodeios, vaquejadas, touradas, feiras de exposição, de exploração, de competição, etc.), hábitos de consumo (roupas de origem animal como casacos de pele, etc.), hábitos em geral.
 
O “protetor de animais” muda sua visão em relação a vida, passa a respeitar toda forma de vida, passa a lutar pela defesa dos direitos dos animais, pela castração, pela adoção, por leis mais rígidas e que os defendam, pela conscientização da população, contra a exploração animal em todas as suas formas, contra o comercio de animais, etc.
 
Ninguém muda estes hábitos facilmente, nenhuma pessoa que conheço  amanheceu e disse: a partir de hoje sou um protetor de animais e vou deixar de fazer tudo o que fiz a minha vida inteira. A vontade de ajudar nos impulsiona a levantar e ir, com o tempo criamos cada vez mais a consciência em relação aos assuntos relacionados à causa, nossos hábitos são mudados aos poucos e gradativamente. É uma luta pessoal contra nós mesmo, e em alguns casos, contra nossos familiares que não conseguem entender e aceitar essa mudança.
 
Ser um “protetor de animais” é ter responsabilidade social de maneira totalmente independente da caridade. Promover a conscientização em relação ao respeito dos animais é uma das bandeiras mais importantes da causa, fazer com que as pessoas enxerguem que o animal tem uma vida que precisa ser respeitada, é uma batalha constante. Os animais existem da mesma maneira que todos nós, possuem suas individualidades e não estão aqui para nos servir.
 
Os defensores dos animais devem ser felizes com sua bandeira, devem se orgulhar do que fazem. Se defender animais te trouxer algum tipo de angústia, talvez seja a hora de repensar e mudar de causa. Os animais precisam de pessoas sensatas, que estejam sempre empenhadas em aprender, que estejam dispostas a tentar mudar o mundo, mas se conseguirem mudar apenas a pessoa que está ao seu lado, já fizeram muito mais do que 99% da população. Os animais não podem se defender, eles só têm a nós, seres humanos, para defendê-los, e exatamente por isso temos que nos manter equilibrados para fazê-lo, e fazer com prazer, paixão e de maneira otimista. Pessoas agressivas e desacreditadas, não apenas na causa animais mas em todas as causas, geralmente não conseguem atingir seus objetivos na sociedade, pois não conseguem desenvolver o potencial necessário para valorizar a causa que defendem.
 
Tenha sempre a frente, e como referência, pessoas inseridas na causa e que desenvolvam um trabalho baseado na seriedade e, acima de tudo, idoneidade. Fuja dos falsos protetores, pessoas que estão inseridas na causa tentando tirar benefícios materiais ou prestígio. Acredite em você e em seus objetivos, arregace as mangas e faça, não tenha projetos alimentados apenas pela esperança, estabeleça objetivos e metas, faça você também a diferença. Pense qual a melhor forma de ajudar os animais, quais os seus pontos fortes, se você gostaria de trabalhar com resgates, com adoção, com maus tratos, com educação, contra exploração, etc. Acredite em você, e dê o seu melhor.
 
Abrace uma causa, qualquer causa, mas faça-o com responsabilidade e de coração aberto. Mude seus conceitos, abandone os preconceitos e faça a diferença.

Existem 3 tipos de pessoas:As que fazem acontecer, as que deixam acontecer e as que perguntam o que aconteceu? (John Richardson Jr)
 

12.5.10

Apata comemora 30 anos de trabalho voltado a ajudar os animais

Fonte: Agência de Notícias de Direitos dos animais, disponível em:< http://www.anda.jor.br/?p=61587 > acesso em maio 2010

A Apata (Associação Protetora de Animais de Taubaté) comemora 30 anos de existência com um trabalho voltado para a prevenção do abandono e dos maus-tratos contra os animais de qualquer porte, tanto domésticos como silvestres. Atualmente o abrigo que acolhe animais em situação de emergência apenas (atropelados, por exemplo) é improvisado, já que a área é pequena e alugada. Assim mesmo, conseguiram com muito trabalho e suor abrigar cerca de 60 cães e gatos velhos e/ou doentes, em sua maioria, doando-lhes além de carinho uma melhor qualidade de vida. Esse trabalho dedicado deve-se ao empenho de Vera Prado, responsável pelo local, que sempre acha disposição para acolher mais um animal, mesmo sabendo das restrições financeiras da Apata.



Por não contar com nenhum tipo de apoio, a entidade, que desde 2000 é considerada de Utilidade Pública e sem fins lucrativos, vem enfrentando muitas dificuldades para manter-se em funcionamento, visto que só conta com a ajuda de seus associados, com a contribuição mensal de R$ 15,00 para manutenção dos animais. Desde o ano passado, a Apata promove mutirões de castrações a preços simbólicos, incentivando as pessoas de menor poder aquisitivo a castrar os seus animais. Essa medida é extremamente necessária diante do alarmante número de animais jogados pelas ruas de Taubaté (SP), sem falar nos casos extremos e cruéis de maus-tratos por parte de algumas pessoas que se deparam com um cão errante.



Para a jornalista Angélica Monteiro, diretora da Apata, a castração e a tutela responsável são duas armas eficientes para fazer o controle populacional de cães e gatos, além, é claro, da informação e conscientização da comunidade sobre esses procedimentos importantes. “O primeiro passo é informação e o segundo é o direito básico de qualquer ser vivo: o respeito. Uma outra solução seria a implantação, a exemplo do que ocorre em São Paulo, do RGA – Registro Geral Animal, ou mesmo a chipagem, duas maneiras adequadas de se chegar ao tutor de um animal com certeza,” diz.



Faz parte da história da Apata nessas três décadas de vida, na defesa dos direitos e proteção dos animais, a geração de políticas públicas voltadas para o bem-estar animal. A lei das carroças, que entrou em vigor recentemente, foi uma de suas iniciativas abraçadas pelos vereadores Henrique Nunes e Alexandre Villela, entre outros, e sancionada pelo prefeito Roberto Peixoto, em 2009.
A Prefeitura Municipal de Taubaté sensibilizada pela situação enfrentada pela entidade, está buscando auxiliá-la com a doação de uma nova área para construção de um abrigo, por intermédio do vereador Chico Saad, juntamente com os diretores dos Departamentos de Planejamento e do DSU, respectivamente, Dr. Pedrosa e Renato Filgueiras.



Segundo Angélica Monteiro, existe, a partir desse fato, a possibilidade de implantação de vários projetos para os quais a ONG está buscando parcerias.


“A prioridade, depois do canil e gatil apropriados, será a construção de um hotelzinho, uma fábrica de ração e até mesmo de um biodigestor (um equipamento onde se depositam excrementos para se decomporem e gerarem biogás através de uma rede de captação de dejetos, com tubulação específica), além de um sistema de reaproveitamento das águas pluviais, por meio de cisterna. Nos nossos planos cabem, ainda, convênios com veterinários do município para um Cartão-Castração, cuja venda gerará renda (30%) para a entidade e o restante para cobrir os custos, por exemplo. Hoje, já temos um banho e tosa e uma clínica veterinária, a Carinho Animal (3026-1224), que tem atendimento bem mais em conta para os nossos associados. Mas o nosso desejo principal mesmo é que os animais sejam respeitados pelo ser humano, tão mais inteligente, mas que ainda, é capaz de torturar e maltratar tanto os seus semelhantes, quanto mais os considerados inferiores, como no caso, os animais. Quem sabe, num futuro próximo, as coisas mudem. É a nossa esperança e a nossa vontade através do trabalho conjunto daqueles que amam os animais”, resume.



Quem se interessar por maiores informações pode acessar o site de Apata ou pelo tel. 3011-1176, das 14h às 18h de segunda a sexta-feira ou na sede da Apata localizada no Pq. Dr. Barbosa de Oliveira, na Rodoviária Velha, sala 1, no Corredor C, Piso Superior.
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