30.1.12

PINHEIRINHO PEDE SOCORRO - Famílias e Animais

Domingo, dia 22 de janeiro, era para ter sido um dia de mobilização pela causa animal em várias cidades do Brasil. São José dos Campos era uma delas. No, entanto, absurdamente, a prefeitura da cidade fez-se cumprir a ordem da juíza Márcia Loureiro, mesmo com a ordem do Superior Federal que cancelava a reintegração de posse. Muitos abusos foram cometidos pelos policiais. Muitas coisas desumanas, que a televisão não mostrará nunca, aconteceram, e não pudemos participar das manifestações em prol dos animais.


Quero com esse texto, frisar a denúncia que fiz na página do Cartuntivismo no Facebook, no mesmo dia 22. A de que muitos animais foram abatidos cruelmente pelos policiais. Casas foram demolidas, sem que as famílias pudessem pegar seus pertences e levar seus animais embora. Desse massacre, hoje, cerca de 500 animais que sobreviveram estão a deriva na região, passando fome, sendo atropelados na avenida próxima, entre outros maus tratos.


Espero que você, que tem amor pelos animais, possa ajudá-lo, mas que também não se esqueça das famílias que estão passando por enormes dificuldades, sem o mínimo para sobrevivência nos 'abrigos' que a prefeitura improvisou aos mesmos. Estamos passando por um momento em que é necessário colocar em prática o amor o próximo. Seja ele da mesma espécie ou não.






16.1.12

Você sabe o que é Carmim? ( INS120 )


Carmim é um corante vermelho brilhante feito de cochonilhas esmagado.

Este corante é usado em uma grande variedade de produtos, de queijo a tintas, e as pessoas desconhecem muitas vezes a sua utilização devido ao fato de que as leis de rotulagem em geral, não exigem a divulgação da carmim. Carmim tem atraído uma grande atenção em algumas comunidades, como a comunidade vegetariana devido ao seu uso como aditivo alimentar.

Em muitas regiões do mundo, a maioria dos consumidores não sabem o suficiente identificar a substância, que também é listada como o lago carmesim ou vermelho natural número quatro, e na União Europeia, é identificado como E120, ou na maioria das vezes INS120.

Para fazer o carmim, os produtores reconhem milhares de insetos da cochonilha e, em seguida, os esmaga. Dependendo das condições em que os insetos são esmagados, a cor da tintura pode variar consideravelmente, e esta é uma consideração importante para as empresas que querem fazer as tinturas consistentes

Carmim pura é vermelho e muito quebradiço. O corante é frequentemente adulterado com outros materiais, para torná-lo mais fácil de manusear e transportar, e às vezes pode ser difícil controlar a qualidade e segurança de carmim. Depois de preparado, carmim é vendido a uma grande variedade de indústrias para o uso em coisas como corantes têxteis, tintas, alimentos, cosméticos e flores artificiais.

Como aditivo alimentar, carmim é uma fonte de preocupação para algumas pessoas. Para os vegetarianos e pessoas que seguem religiões com restrições alimentares, o fato de carmim muitas vezes não ser rotulado é muito frustrante, pois ele pode fazer carmim ser difícil de se evitar. Algumas pessoas também têm reações adversas a carmim, o que levou a um impulso entre os ativistas de segurança alimentar identificar claramente carmim para que as pessoas que desejam evitar poderá fazê-lo.

Fique ligado! O INS120 é usado por algumas empresas em iogurtes, bolachas, sorvetes e outros alimentos para realçar a cor. Para cada quilo do pigmento, vão 150.000 besouros!

fonte: Talmidin Robson Renato Pellegrino, vegetarianismo.com.br,

14.1.12

Auto-critica ao movimento de libertação animal



MERCADORIA E LEI
(CRÍTICA ÀS POSTURAS LEGALISTAS E CONSUMISTAS)

Debate de 17/03 na Casa da Lagartixa Preta – Santo André
O capitalismo tem o poder de absorver as lutas. O ingênuo movimento pela libertação animal pede mais produtos vegetarianos e mais controle do Estado para com os especistas.
Uma das maiores falhas que o movimento de libertação animal possui é a escassa relação deste movimento com outras causas igualmente anti-autoritárias. Ainda que no discurso se relaciona o especismo com o sexismo e/ou racismo, e ao falar de libertação animal se fala que esta inclui a libertação humana e da terra, na verdade é que na prática muitos veganos alegrariam-se se multinacionais como o Mc Donald’s incluísse em seu cardápio hambúrgueres de soja.
Tanto no discurso como na prática de muitos veganos se pode observar não só uma falta de crítica se não até uma esperança no atual sistema, acreditando que a abolição da escravidão animal se pode alcançar (leia: capitalismo verde), neste sistema de dominação. Paralelamente se consolida um mercado alternativo de perfumes, cosméticos, restaurantes, sapatos, presuntos e queijos de soja, bandas musicais, etc, 100% “livre de crueldade”.
Sendo uma testemunha da crescente cumplicidade entre o consumismo/sistema capitalista e o veganismo, Gilles Dauvé em sua “Carta sobre a Libertação Animal”, escreveu:
“Porque entre os jovens urbanos do ocidente, no princípio do século XXI, se repugna a visão de um homem vestido de caçador disparando em coelhos e patos?
A preocupação pela natureza, por questões ecológicas e as reações ao abuso de animais não são sintomas de que a humanidade enfim está se conscientizando de seu impacto sobre o resto do planeta, se não de que o capital precisa pensar globalmente, levando em conta o passado e o presente, desde os templos Maias até as baleias e os genes. Tudo o que o capital domina deve ser controlado e classificado para poder ser administrado. Tudo o que se pode comprar e vender deve ser protegido. O capital possui o mundo e não há proprietário que não seja mais apreensivo com suas posses.
No princípio do século XIX a burguesia explorou fortemente a vida e a força de trabalho de milhões de trabalhadores. Em parte, graças as ações desses mesmos trabalhadores, essa exploração se foi fazendo cada vez menos destrutiva e mais rentável. Mesmo assim, hoje em dia o capital não pode continuar esbanjando tranquilamente milhões de macacos ou árvores.
… (atualmente) não existe fome nem massacres como em 1900 ou 1945. A dieta entre os trabalhadores é hoje em dia mais rica e balanceada que na época de Marx; se tem tanto acesso a comida industrializada como a diversões ou viagens industrializadas. A expectativa de vida segue aumentando (e a mortalidade infantil diminuindo). O que hoje em dia é pior que em 1948, 1917 ou 1945, é que nunca antes tantos seres vivos foram convertidos em dinheiro, ou em processos que envolvem dinheiro. Nunca antes os seres humanos foram tão dependentes de algo que está por cima deles… até agora, tão incapazes e sem vontade de mudar a situação.
As condições humanas e animais estão piorando, mas só no sentido de que tudo está sendo capitalizado. Assim, os horrores mais invisíveis cometidos contra humanos e animais, estão somente aparentemente transformando-se em menos horríveis.
Que o capital mutila e humilha aos seres humanos, e mata a milhões de animais, é verdade. Mas aí onde o capital se desenvolve e chega a ser “puramente” capitalista, se distancia cada vez mais da tortura e da violência aberta. Igual a exploração animal, a discriminação sexual e racial formam parte do capitalismo. Com freqüência os supera e os substitui com formas melhor adaptadas. Manifestações de racismo informal ou institucional reaparecerão sempre em algum país capitalista, mas em nenhuma parte o racismo é imprescindível para o capital.
O capital toma a vida (em todas suas formas, desde o trabalho humano, árvores e vacas, até contos infantis e emoções), a produz e a desenvolve transformada. Nisso se diferencia de todos os sistemas de exploração anteriores. Nisso estabelece sua força. Diferente de um vampiro, o capital nos suga a energia, mas nos mantém vivos e nos faz crescer, produzir, comprar e cumprir um papel. A produção de valor e o consumismo funcionam porque somos seus agentes ativos e passivos.
O capital depende do abuso, do confinamento e da repressão, mas sua essência não é mais violenta que não violenta. Trata com dureza quando tem que fazê-lo, e com suavidade quando lhe é conveniente.
Em 1830 era necessário obrigar crianças de 5 anos a trabalhar doze horas diárias, mas como mostra a história, tais práticas não definem os interesses empresariais. Lutar por formas de exploração não violentas só contribui para desviar a opressão de um nível a outro. A fabricação de comida sintética está permitindo ao capital fazer realidade de uma maneira monstruosa o sonho da bioalimentação.
Não se pode parcializar, priorizar ou dividir as lutas, não podemos ser tão ingênuos para exigir (ou lutar por) nossos desejos de igualdade de forma ilhada. Uma sociedade sem especismo (ou sem racismo nem homofobia) não garante a reapropriação de nossas vidas nem a libertação de nada, se é que por liberdade entendemos a autoregulamentação de todas as formas de vida, isso é, naturalmente, sem dominação nem competição.
… Mas, por acaso não é porque os humanos pioraram depois de começarem a ser tratados como objetos, que os animais e plantas foram coisificados também? Se criticamos a indústria do automóvel não é porque ela está vinculada com o modelo dos matadouros. Se criticamos o capitalismo, é porque a produção de valor transforma tudo, seja a carne ou a poesia, em mercadoria. Deste ponto de vista, não tem sentido exigir que exista mais poesia (ou tofu) e menos hambúrgueres. Enquanto ambos produtos rendam benefícios, as fábricas seguirão fabricando.
Podem existir fábricas de qualquer coisa. É a sociedade da linha de produção que temos que entender e revolucionar, independentemente de que esteja manufaturando carne empacotada, pão ou televisores.”
Alguém também se expressou hommodolars.org
“… é muito comum ver na imensa maioria das organizações de direitos animais sua incapacidade de romper com a mísera realidade das relações capitalistas. Talvez não o queiram fazer. Talvez se sintam bem com seu modo de vida – os indivíduos – de trabalhar ou estudar, consumir, divertir-se e para sentir-se bem, ajudar os animais. Podem existir muitas razões, mas há algo inegável que seria bom alguma vez levarem em conta: o modo de exploração dos homens e mulheres e a conseqüente mercantilização da vida humana se transpassa igualmente aos animais, portanto não é uma conduta própria do ser humano mudar para uma conduta respeitosa e distante ao especismo, se não, que a erradicação desta realidade passa exclusivamente pela superação do CAPITALISMO ou qualquer tipo de sistema social e econômico que coloque os lucros, benefícios, poderes e luxos acima da liberdade individual. Isso é a destruição da Sociedade de classes.
(…) O problema dos animais não é que precisem ser tratados melhor.Não é que o cavalo apanha para puxar uma charrete. Não é que os animais sejam esterilizados ou não. Não é que exista uma legislação que tipifique como coisas. A pergunta que nos deveríamos fazer é que condição faz possível que tudo isso aconteça? A resposta é a mesma de sempre: a exploração do homem, mulher, criança, árvore, mar, animal.”
Devido, talvez, a frágil crítica que o movimento pela libertação animal faz das estruturas de dominação em seu conjunto, é comum ver animalistas exigindo leis, sanções e regulamentos ao mesmo aparato judicial que protege e reproduz a dominação. O texto intitulado “não se pode legislar a liberdade” do folheto “A Falsa Oposição da Libertação Animal” é muito claro a respeito:
“Alguns acreditam que se deveriam proporcionar direitos legais e proteção aos animais. Aplaudem as proibições de brigas de galo, porque se observa como uma ajuda aos animais e um acréscimo a suas vitórias. Mas criticam as leis que protegem os negócios que usam animais. Por um lado aceitam a lógica do Estado, uma vez que existem leis, e por outro, ignoram que o sistema legal regula a sociedade, fazendo-o eficiente, disciplinada e controlável. As leis validam o controle social ilegalizando os ingovernáveis e protegendo os poderosos.”
O Estado protege as indústrias de animais e outras empresas capitalistas; esta é a coluna vertebral e a força bruta do sistema capitalista. A lei criminaliza qualquer um que se oponha ao suave funcionamento do capitalismo. Os códigos legais mantêm as relações sociais de capitalistas; o conceito de propriedade e seus bens são santificados. Qualquer abaixo-assinado por leis intensifica o poder do sistema legal e sua mitologia de justiça legal e moral. Ter fé nas leis é ter fé na exploração capitalista, reforçada por policiais, burocratas, juízes e legisladores. Eles não têm nenhum interesse em mudar a ordem social, da qual obtém benefícios. Fazer uma lei que proíba a crueldade animal aqui, ou uma lei contra a presença de animais nos circos ali, supõe uma mudança insignificante, apesar de que alguns digam que são vitórias. As indústrias de produção continuam levando mais e mais animais aos matadouros. A miséria continua e o aparato legal assegura isso.
Se quisermos tirar os animais do degradante sistema de produção que estão submetidos, teremos que recusar qualquer suposto remédio oferecido pelos mecanismos eleitorais e legais do Estado.
Adendos:

*Etimologia
A palavra capitalismo vem do latim caput, uma referência às cabeças de gado que definiam um homem rico. E pecuária tem a mesma raiz de pecunia, latim para “dinheiro”.

5.1.12

Você sabe o que é veganismo?

Nesse último ano, a indignação contra maus-tratos a animais, esteve em evidência como nunca antes. Com as redes sociais cada vez mais populares, denúncias de atrocidades (que sempre aconteceram, mas antes não eram de conhecimento massivo) passaram a ganhar peso com a adesão na divulgação e indignação dos internautas.
No entanto, essa revolta resume-se a maus tratos aos classificados como pets. Muito já falamos aqui, no Cartuntivismo, sobre o fato de que todos os animais (nos incluindo) na dor, são iguais. No entanto, as pessoas não tem a mesma aderência quando se tratam de determinadas espécies. 
Questionei se essa onda, não passaria disso: apenas uma onda, em que logo menos deixaria de ser comentado, uma bela de uma hipocrisia. Porém, ao assistir esse vídeo, em que o Povo Fala - Veganismo, percebi que a falta de informação sobre os temas veganismo, vegetarianismo e direito dos animais é muito maior do que se pensava e que há, sim, a necessidade de continuar, e ainda, fortalecer a propagação das mesmas. 
Sendo assim, queremos estar cada vez mais ativos na conscientização! Chamem-nos de xiistas, chatos e tudo mais o que adoram para se referir a nós... mas enquanto as pessoas não estiverem conscientes da realidade dos animais e sobre a nossa escolha ética, estaremos sempre propagando nossos ideias. Conscientes da realidade, as pessoas estarão aptas a fazer escolhas. 
Segue vídeo! 





10 Mandamentos para “não-vegetarianos” que convivem com vegetarianos!





1º – Não pense que os vegetarianos são espartanos que se alimentam de cenouras cruas e brotos de feijão.
A pergunta que mais ouço é “O que você come?”
Esta me deixa desconcertada; o que pode responder uma pessoa que tem uma dieta razoavelmente variada? Eu como espaguete, refogados, humus, cozidos, sorvete de framboesa, minestrone, saladas, burritos de feijão, bolo de gengibre, lentilha, lasanha, espetinhos de tofu, waffles, hambúrgueres vegetarianos, alcachofras, tacos, bagels, arroz com açafrão, musselina de limão, risoto de cogumelos silvestres — o que você come?
2º – Aprenda um pouco de biologia.
Eu ainda não sei bem o que fazer com pessoas que são inteligentes sob outros aspectos mas acham que uma galinha não é um animal. Só para constar, vegetarianismo significa não consumir carne vermelha, aves, ou peixe — nada que tenha um rosto. Já perdi a conta das vezes em que garçons sugeriram um prato de frutos do mar como entrada “vegetariana”.
3º – Principalmente se as pessoas forem vegetarianas por razões éticas, não julgue que elas não se importarão com “só um pouquinho” de carne em sua refeição.
Você aceitaria “só um pouquinho” de seu gato, ou “um bocadinho” do Tio Jim em sua sopa?
4º – Deixe de fazer lobby para a indústria da carne.
Parece que os “não-vegetarianos” pensam que os vegetarianos são como as pessoas que fazem regime e que nós queremos trapacear de vez em quando.
Meu pai tem certeza de que se ele conseguir me convencer que sua carne enlatada é uma delícia, eu vou ceder e comê-la. Amigos tentam me fazer experimentar “só um pedacinho” de qualquer prato com carne que eles estejam comendo, partindo da premissa de que é tão bom que é impossível que eu recuse. Há vezes em que penso que os “não-vegetarianos” aprenderam a fazer pressão com os caras malvados dos filmes anti-drogas que nós assistíamos no ginásio. Ouçam bem: não precisam insistir dizendo que é “ótimo”, nós não vamos comer.
5º – Quando um vegetariano fica doente, não diga a ele ou a ela que está desnutrido.
Dos comentários que ouvi quando tive gripe, vocês pensariam que os “não-vegetarianos” nunca ficam doentes. Quando eu fico doente, tem sempre alguém esperando para me dizer que é por causa da minha dieta. Na verdade, da mesma forma que existem “não-vegetarianos” saudáveis e doentes, há vegetarianos saudáveis e doentes. (Por falar nisso, estudos demonstraram que os vegetarianos tem o sistema imunológico mais resistente do que os “não-vegetarianos”.)
6º – Quando estiverem em um restaurante com um vegetariano, tenham paciência — comer fora pode ser um desafio mesmo para o mais consumado vegetariano.
Apesar da aceitação em voga da dieta à base de vegetais, a maior parte dos cardápios de restaurantes ainda está repleta de produtos animais.
Alguns restaurantes parecem não ter nada a não ser carne em seus cardápios; mesmo as saladas têm ovos ou frango! Não reclamem se seus esforços para determinar os ingredientes exatos do minestrone parecerem paranóia; a experiência nos ensinou que esses interrogatórios à mesa são necessários. Após anos interrogando garçons e garçonetes, descobri que itens descritos como vegetarianos muitas vezes contém caldo de galinha, banha, ovos, ou outros ingredientes animais.
7º – Não façam caretas para nossos alimentos.
Antes de torcerem o nariz para meu cachorro-quente de soja ou para o tofu, pensem naquilo que vocês estão comendo. Só porque se alimentar de animais é amplamente aceito, isso não significa que não seja uma grosseria.
8º – Percebam que nós provavelmente já ouvimos isso antes.
Uma das coisas mais engraçadas sobre ser veg é a pessoa que tem certeza de ter o argumento que vai mudar minha maneira de pensar. Quase que invariavelmente vêem como uma destas jóias:
(a) “Animais comem outros animais, portanto porque os seres humanos não o fariam?” (Resposta: A maior parte dos animais que mata para se alimentar não sobreviveria se não o fizesse. Esse obviamente não é o caso com os seres humanos. E desde quando usamos os animais como exemplo de comportamento?)
(b) “Nossos ancestrais comiam carne.” (Resposta: Talvez — mas eles também moravam em cavernas, conversavam aos grunhidos, e tinham escolhas muito limitadas de estilo de vida. Supõe-se que nós já tenhamos evoluído desde aquela época.)
9º – Apesar da opinião popular, vocês não têm o direito de esperar que os vegetarianos transijam convicções pessoais em nome da “cortesia”.
Pessoas que nunca sonhariam em convidar um alcoólatra recuperado para experimentar sua vodca preferida, ou em querer que alguém que levasse uma vida kosher aceitasse um pouco de bacon, acham perfeitamente razoável esperar que eu coma o bolo de carne da tia Maria porque eu o adorava quando criança e ela ficaria muito ofendida se eu não aceitasse um pouco agora.
10º – Parem de dizer que os seres humanos “precisam” comer carne;
Nós somos a prova viva de que não precisam.
Pessoas que sob outros aspectos respeitam minha capacidade de me cuidar recusam-se a acreditar que não tomei a decisão de me tornar vegetariana impulsivamente. Eu fiz muita pesquisa sobre o vegetarianismo — provavelmente mais do que vocês fizeram sobre dieta e nutrição — e estou confiante da escolha que fiz.
Vocês conhecem os estudos que demonstram que os “não-vegetarianos” tem duas vezes mais possibilidade de morrer de problemas cardíacos, 60% mais chance de morrer de câncer e 30% a mais de possibilidade de morrer de outras doenças? Eu não estaria comendo desta maneira se uma extensa pesquisa não tivesse me convencido de que o vegetarianismo é mais saudável e mais ético do que comer carne; uma pergunta mais pertinente seria se você pode justificar a sua dieta.”
Só pra constar: minha intenção não é doutrinar ninguém com esse post. Aliás, podem muito bem me chamar pra um churrasco :P (não que eu ache bonito ver um pedaço de bicho no espeto, pelo contrário, mas valorizo a boa convivência com os seres humanos).

2.1.12

Proibição de Fogos de Artifício


Os italianos se preparam para o Ano-Novo com proibições de lançar fogos de artifício em várias cidades para evitar ferimentos em animais e crianças e com sérias recomendações de oftalmologistas no momento de abrir as garrafas de prosecco sem que a rolha tenha como alvo os olhos de quem estiver no entorno.

A polêmica dos explosivos partiu neste ano da Aidaa (Associação Italiana de Defesa dos Animais e Ambiente). Em várias cidades, a entidade pediu aos prefeitos a proibição do uso de fogos dos quais os italianos são tão fãs para festejar a entrada do novo ano e que "aterrorizam os animais, que passam a noite escondidos".

Aderiram a essa iniciativa as cidades de Turim, Milão, Veneza e Modena, no norte do país, e Bari, no sul.

Por sua vez, o prefeito de Roma, Gianni Alemanno, não proibiu as comemorações pirotécnicas, já que para parte dos italianos é mágico destruir o tempo passado através da purificação do fogo, mas com moderação.

Os veterinários, entretanto, advertem que tanto os animais domésticos quanto os selvagens sentem terror diante de explosões porque não sabem de onde provêm e podem fugir apavorados invadindo estradas ou abandonar em revoada seus ninhos.

Uma proibição impossível de impor em Nápoles, onde a população adora os fogos e neste ano está sendo preparado um grande show pirotécnico com o nome de "prêmio de risco". A esperança deles é conjurar com a explosão a crise econômica tão ligada ao que os italianos chamam de "spread", que até agora nem sequer o primeiro-ministro da Itália, Mario Monti, conseguiu exorcizar.

O uso impróprio de explosivos causa a cada ano milhares de ferimentos em adultos e crianças, com danos mais graves nas mãos e no rosto (7%), enquanto 5% acabaram com amputações de membros e perda de visão, informa neste sábado o jornal "Il Messagero". Só em Nápoles, a pirotecnia fez nos últimos cinco anos 344 feridos. 

Fonte: Olhar Animal e Folha.com

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Gary Yourofsky