31.7.09

Rise Against leva a mensagem dos direitos animais para o público jovem

por Marcela Couto

No ano passado, o Rise Against foi eleito a melhor banda “Animal-Friendly” pelo PETA. O grupo declarou que o vídeo “Ready to Fall” é o mais importante da carreira. O clipe mostra imagens de uma fazenda industrial, caçadas e rodeios, entre outras questões ambientais.
Através da música, o Rise Against está levando sua mensagem em defesa dos animais aos fãs. Atualmente a banda está discursando conta a matança anual de focas no Canadá. Eles encorajaram pessoas a assinar petições para impedir o massacre, oferecendo ingressos gratuitos para quem coletasse mais assinaturas.
“Nós quatro juntos salvamos 400 animais todos os anos, apenas por escolher não comê-los. Nós não conseguimos pensar em um motivo melhor para ser vegetariano – você consegue?” – Rise Against

29.7.09

A nova gripe e os velhos costumes

por Jaime Nudilemon Chatkin*

Aumentam os casos de gripe suína em todo o mundo, amedrontando populações e trazendo prejuízos financeiros de vulto às economias dos locais afetados. A letalidade do vírus, por sorte (e nada mais do que isso), parece ser baixa, prevendo-se um número não muito elevado de vítimas fatais da doença. Observa-se que o descobrimento da vacina é esperado como a solução definitiva para o problema. Mas será mesmo?

É como se alguém encontrasse um vazamento de água em sua casa e determinasse, para solucionar a questão, que toda a mobília fosse imediatamente impermeabilizada. Mas as causas do vazamento não foram de modo algum combatidas. Creio que a comparação se mostra adequada. É claro que a vacina é importante e poderá salvar muitas vidas, mas a pergunta que se impõe é o que foi ou será feito para evitar que a aparição desse tipo de ameaça seja recorrente na sociedade (lembre-se dos recentes casos da vaca louca e da gripe aviária).

As causas do aparecimento da gripe suína podem com certeza ser desvendadas, e já existiam estudos, mesmo antes da pandemia, que indicavam que o confinamento de um grande número de animais em fazendas industriais propicia um meio adequado para o surgimento e mutação de vírus potencialmente nocivos ao ser humano.

Fazendas industriais, para quem não sabe, foi o modo que o agronegócio sem preocupações éticas encontrou para aumentar a produtividade na criação de animais, confinando um número cada vez maior deles em espaços cada vez menores e cruéis, tudo em nome do aumento do lucro, sem importar o sofrimento dos seres vivos ali tratados como mercadoria e com os danos ambientais causados por esse tipo de aglomeração.

A propósito, sabe-se que no México, país onde surgiram os primeiros casos de gripe suína, existem inúmeras dessas fazendas para fornecer carne suína, principalmente à população norte-americana, em virtude de acordos comerciais.
Mas o que será feito de concreto a respeito dessas granjas, verdadeiras aberrações éticas do sistema capitalista? Como era de se esperar, nada. Ao contrário, rebatiza-se o vírus para não atrapalhar os negócios e se joga toda esperança na grande vacina, fazendo reféns da indústria farmacêutica um sem número de governos.

Em suma, seguindo-se a cartilha do mais puro capitalismo, a pandemia gerará crescimento para o dinheiro de alguns poucos, em detrimento do dinheiro de muitos e das verbas públicas. E nada, absolutamente nada será feito para atacar as causas de um problema que, em um futuro retorno, poderá surgir de forma mais agressiva e devastadora. * Promotor de Justiça de Defesa Comunitária em Pelotas.


.

Corrente do Bem


Coligação
A Campanha 'Para Mim Os Animais Importam' representa a maior iniciativa global realizada até hoje unindo todo o movimento pelo bem-estar dos animais sob um objetivo estratégico - o reconhecimento em todo o mundo de que os animais são seres sencientes, capazes de sentir dor e de sofrer.

27.7.09

Medicina da UFRGS ensina sem teste em animais






Fonte: http://www.ecoagencia.com.br/?open=noticias&id===AUUF0dW1GdhJlRaVXTWJVU

Passados dois anos desde que o sacrifício de animais foi abolido no curso, professores e alunos estão muito satisfeitos. Conflito ético foi o principal motivo para a troca por modelos artificiais nas aulas práticas.


Médico e professor Geraldo Sidiomar Duarte mostra
tórax artificial que substitui uso de animais

Por Ulisses A. Nenê

O caozinho é trazido do canil e chega faceiro; caminha até o grupo de alunos de medicina e lambe as pernas de um deles. O clima na sala fica pesado e ninguém quer anestesiar e cortar o bichinho. Alguns estudantes, constrangidos, ameaçam ir embora. Cenas como esta ou parecidas aconteceram por diversas vezes, nos muitos anos em que animais foram usados nas aulas práticas da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Famed/Ufrgs).

Era assim, anestesiando, cortando e costurando animais vivos (vivissecação), depois sacrificados, que os futuros médicos aprendiam as técnicas operatórias e outros conteúdos. Mas isto mudou em abril de 2007, quando a Famed tornou-se a primeira faculdade de medicina do Brasil a abolir totalmente o uso de animais no ensino de graduação, no que foi seguida logo depois pela Faculdade de Medicina do ABC (SP).

Não estamos falando de uma instituição qualquer: fundada há 111 anos, a Famed é considerada a melhor faculdade de medicina do país, tendo conquistado o primeiro lugar no Exame Nacional de Desempenho Estudantil de 2008 (Enade). O conflito ético foi o principal motivo para que o curso abandonasse a vivissecação, adotando o emprego de modelos anatômicos artificiais que imitam órgãos e tecidos humanos.

Aprovação dos alunos

Passados dois anos, a medida tem a total aprovação de alunos e professores, que garantem não haver nenhum prejuízo para o aprendizado médico. Aluna do quarto semestre, Sabrina de Noronha, 22 anos, diz que sequer pensava que pudesse haver a utilização de animais quando ingressou na medicina. Ela já cursou disciplinas importantes, como fisiologia, anatomia, bioquímica, histologia, onde aconteciam aulas práticas com vivissecação, e não precisou passar por esta experiência.

As aulas de anatomia, por exemplo, só utilizam cadáveres humanos. “Não tivemos contato com animais em nenhum momento. Fiquei sabendo há pouco tempo que outras faculdades usam animais e achei isso horrível; a faculdade existe para formar profissionais que vão ajudar pessoas e para isso não precisamos maltratar outros seres, não seria ético; a gente tem tanto direito à vida quanto eles (animais), não vejo diferença”, diz a aluna.

Sua colega Bárbara Kipp, 22 anos, coordenadora-geral do Diretório Central de Estudantes (DCE) da Ufrgs concorda. Segundo ela, há outros métodos já bem desenvolvidos para se aprender as técnicas médicas sem precisar recorrer à vivissecação dos cães, coelhos e outros bichos. “Nunca usei animais no curso e estou aprendendo muito bem; não me sentiria à vontade se isso acontecesse e também não vejo ninguém, nenhum colega, sentindo falta”, afirma Bárbara.

“Abolimos o uso de animais porque hoje não se precisa mais disso”, destaca o diretor da Famed, o médico endocrinologista Mauro Antônio Czepielewski. Não faltaram razões, pois havia alunos que não concordavam com o sacrifício dos cães e outros bichos nas aulas. Além da questão ética, a pressão das entidades protetoras dos animais era cada vez maior, conta o diretor.

Também estava cada vez mais difícil conseguir os animais para servirem de cobaias, havendo ainda o problema de alojá-los e depois descartá-los, após serem sacrificados. Por isso, este procedimento vinha diminuindo ano á ano e quando foi abolido, em 2007, cerca de cinco ou seis animais ainda eram retalhados por semana nas mesas de cirurgia do curso.

Modelos artificiais

A mudança foi bastante discutida, e resultou na implantação de um Laboratório de Técnica Operatória, que funciona apenas com réplicas artificiais das partes do corpo humano, explica o diretor. O projeto todo, com reforma de instalações e aquisição dos modelos, importados, custou cerca de R$ 300 mil, com recursos da própria Ufrgs, Famed, Hospital de Clínicas (o hospital universitário) e Promed, um programa do Ministério da Saúde que incentiva mudanças nos currículos dos cursos de medicina. (clique aqui para ver fotos)

O médico Geraldo Sidiomar Duarte, que deixou o cargo de diretor do Departamento de Cirurgia no início do mês, foi o responsável pela implantação do moderno laboratório. “Era uma deficiência grave do curso (a técnica operatória), tínhamos problemas para obter o animal, onde deixá-los, os cuidados pós-operatórios e o Ministério Público e as entidades protetoras vinham se manifestando, havia muitas objeções que criaram um conjunto de dificuldades”, relata.

O trabalho era considerado insalubre e aconteciam muitos acidentes biológicos (quando alunos se cortam acidentalmente), com risco de infecção pelo sangue dos animais. Agora, o local é totalmente asséptico, não se vê uma gota de sangue no espaço de 120 metros quadrados. Duarte mostra uma peça sintética que imita perfeitamente a pele humana, inclusive na textura, onde os alunos podem fazer e refazer várias vezes cortes superficiais ou profundos, costuras e pontos. E os acidentes não acontecem mais, o risco é zero, acrescenta.

Outra peça imita um intestino, a ser costurado. Numa mesa ao lado, um tórax artificial permite o treino de punções em vasos profundos, como uma imitação da veia jugular cuja pulsação é possível sentir ao toque. Membros sintéticos apresentam ferimentos diversos a serem tratados cirurgicamente. O que parece ser apenas uma pequena caixa, com uma cobertura da cor da pele, representa a cavidade abdominal para a prática de cirurgia.

O médico e professor mostra catálogos com uma infinidade de órgãos artificiais que podem ser adquiridos: “Há modelos artificiais para todos os tipos de treinamento, pode-se montar um laboratório gigantesco com eles”, diz Duarte. “Estamos muito satisfeitos, e os alunos muito mais”, completa.

“Isso qualificou enormemente os alunos”, reforça Mauro Czepielewski, o diretor do curso. Ele acredita que esta é uma tendência irreversível e que o emprego de modelos artificiais acabará chegando a todas as faculdades de medicina, em substituição aos animais. Diversos cursos, do Rio Grande do Sul e de outros estados, já pediram informações sobre o laboratório da Famed. “A consciência do não-uso de animais é importante para fortalecer uma visão de valorização da vida”, afirma.

O diretor apenas considera muito difícil substituir animais na área de pesquisa, na pós-graduação. Mas garante que os procedimentos, neste caso, seguem rigorosos requisitos do Conselho Nacional de Ética em Pesquisa, com uso controlado e número limitado dos animais que servem de cobaias.

Objeção de consciência

O debate ético sobre vivissecação ganhou impulso no Estado a partir da atitude de um aluno do curso de Biologia, Róber Bachinski, que ingressou na justiça, em 2007, para ser dispensado das aulas que sacrificam animais, alegando objeção de consciência. Chegou a ganhar uma liminar, mas ela foi cassada, mediante recurso da Ufrgs, e o caso segue tramitando no Judiciário.

Segundo ele, a abolição do uso de animais na Famed reflete uma tendência mundial: “Ao abolir o uso de animais a Famed mais uma vez demonstra a sua qualidade no ensino e o seu avanço ético e metodológico. Espero que outras universidades e cursos também sigam esse modelo e que esses métodos de ensino sejam divulgados”.

Bachinski diz ainda que a abolição do uso de animais em disciplinas da medicina comprova que é possível a sua abolição em outros cursos com disciplinas equivalentes, como na farmácia, educação física, psicologia, enfermagem, biologia, veterinária. Na opinião do estudante, um novo paradigma educacional precisa ser criado, levando em conta não apenas o bem estar da sociedade e do aluno, mas também o respeito aos direitos básicos dos outros animais.

EcoAgência

23.7.09

Odeio Rodeio Ponto Com

Thayla Ayala, atriz de caminho das índias, e a modelo Camila Jorge entraram juntas em um campanha nacional pelo fim dos animais em rodeios.
A atriz e a modelo consideram um retrocesso e uma estagnação moral o fato de que nos dias de hoje ainda utilizem animais para diversão.

Dessa forma, ambas cederam suas imagens e formularam frases para incentivar as pessoas a não contribuírem com rodeios e desmistificar esta prática tida como aceitável. A parceria foi fechada com o coletivo Odeio Rodeio, que há mais de 3 anos vem dando suporte em várias cidades brasileiras para o fim da utilização de animais em rodeios, além de informar a população sobre a verdadeira face desta atividade.

A campanha foi produzida e dirigida pela agencia So’ Live Design, e trata-se inicialmente de duas peças publicitárias com as imagens e frases de ambas, estando ainda previstos para campanha um curta com seus depoimentos e também de outros famosos que se posicionam contra esta prática.

As imagens podem ser visualizadas diretamente no site do coletivo: www.odeiorodeio.com, onde também se encontram várias informações, fotos e vídeos sobre rodeios e outros assuntos que se referem à proteção animal.

OdeioRodeio - A verdade sobre os rodeios
Leandro Ativista
Fundador e secretário geral

:)

Anúncio Julho Instituto Nina Rosa

Passe adiante essa mensagem!




.