3.2.09
Faces da Realidade Cruel - Suínos e Bovinos
"- Eu vi com meus próprios olhos. Animais desesperados terem sua cabeça perfurada com uma pistola pneumática, duas, três vezes. Então vinha um homem e cortava a garganta da vaca. Baldes de sangue jorravam. Foi horrível. Os animais se contorciam e gritavam. Um homem saiu de uma sala afiando sua faca e disse para tomar cuidado com as vacas que caem das correntes e atacam os trabalhadores." (Mike Luce, após visitar um matadouro em Grant City, IL, Abril de 1997)
Várias espécies de animais são mantidas confinadas nos cativeiros de engorda, lugares de características infernais. No Brasil os animais mais explorados são as vacas, os frangos e os porcos. Muitos deste animais são confinados em espaços minúsculos, condenados a viver sem luz do Sol ou o mínimo de dignidade.
Os modernos antibióticos e vacinas são a razão pela qual os animais sobrevivem às condições intensivas até que atinjam o peso de mercado (ou tornem-se "improdutivos" como ocorre com as vacas leiteiras ou galinhas poedeiras que são enviadas para o matadouro quando sua produção cai).
As doenças são comuns nos sistemas intensivos e muitos animais morrem devido às péssimas condições de vida.
Porcas com cria convivem num espaço tão pequeno que mal conseguem se virar. Em um estudo realizado, a porcas em época de amamentação apresentaram uma taxa de mortalidade de 20% (Pig Intnl Abr/91).
As altas concentração de amônia dos excrementos queimam as vias nasais dos animais e causam doenças respiratórias (Poultry Health and Management, Gerenciamento e Saúde das Aves, 1992).
Os animais nas fazendas fábricas estão sujeitos aos defeitos no controle de temperatura dos galpões. Em Las Vegas já aconteceu de 2 milhões de galinhas morreram de calor (Las Vegas Review-Journal, 1/8/93). No Novo México, centenas de novilhos morreram congelados durante uma nevasca (Associated Press, 12/25/97).
Vários procedimentos em animais de fazenda podem produzir dor aguda que se prolonga por horas ou mesmo dias.
Devido às contenção de custos, muitos não recebem nem analgésicos quando são mutilados. Por exemplo, o gado é marcado várias vezes durante sua vida (causando queimaduras de terceiro grau), chifres são removidos, castrações pelo corte dos testículos com facas ou forçando sua queda amarrando-os para interromper o fluxo sangüíneo. Mais uma vez, por razões econômicas, tudo é feito sem anestesia (Rollin, 1995).
Pela sua natureza, os porcos são curiosos e normalmente passariam metade do tempo cavando a terra. O enfado e a frustração do confinamento faz com que lutem e mordam suas caudas. A resposta da indústria é o corte das caudas dos porquinhos e a castração (tornando-os menos agressivos) sem o uso de anestesia (Rollin, 1995).
O trauma infligido pelas fazendas-fábrica e pela exploração faz com que muitos animais não resistam e fiquem agonizando bem antes da data do abate. Alguns ficam muito doentes e tão fracos até mesmo para se alimentar ou caminhar, mesmo sendo açoitados ou empurrados com varas de eletro-choque, não se agüentam mais. Dependendo dos métodos do criador, estes animais que estão agonizando, por estarem fora do dia ou do local próprio para o abate, acabam sendo guinchados por correntes para a "pilha dos mortos", onde são abandonados.
Todos os animais sejam eles criados em fazendas fábricas ou confinados em pequenos espaços, são algum dia embarcados para o matadouro. Durante o transporte, os animais são prensados o máximo possível para minimizar os custos. Eles vivem sob os excrementos uns dos outros (o que vai contra a natureza de qualquer animais) e são expostos a condições severas de temperatura em caminhões abertos. Em países frios alguns tem partes do corpo congeladas, causando dores terríveis. Outros chegam a morrer devido a não resistirem e acabam congelados por inteiro grudados no chão ou nas laterais do caminhão.
Alguns produtores não alimentam o animal durante a viagem que às vezes dura dias. Muitos não resistem a tortura e morrem antes mesmo de chegarem ao abatedouro. Pesquisas feitas nos cadáveres de suínos que iam para os açougues constataram em muitos casos a ausência total de glicogênio nos músculos de suínos, demonstrando que os mesmos foram submetidos a extrema exaustão física prolongada antes do abate. (Agri-Practice - Sep 95)
A vida inteira de um "animal para comer" é antinatural, incluindo geração artificial, violenta castração e/ou estímulo hormonal, dieta anormal com propósito de engorda, e eventualmente longas viagens com intenso desconforto até o fim da linha. Os currais/galinheiros, os aguilhões elétricos e torcer de rabos, o abjeto terror e pavor, todos estes portanto ainda fazem parte essencial da criação animal "moderna". Depois vem o transporte cruel e nos matadouros, as vezes há sangue espalhado no chão o que faz os animais pressentirem sua morte levando-os ao desespero de pressentirem o abate.
Se os Matadouros tivessem paredes de vidro... Os animais nos matadouros podem sentir o mau cheiro, ouvir os gritos e, freqüentemente, ver a matança daqueles que foram abatidos antes deles. Quando os animais se debatem com medo, os trabalhadores reagem com impaciência. O Dr. Temple Grandin relatou numerosos casos de "crueldade deliberada", incluindo trabalhadores que "gostam da matança" e de "atormentar os animais propositadamente", tendo "prazer sádico em arrancar com golpes os olhos do gado", batendo nas suas cabeças e dando eletro-choques em partes sensíveis dos seus corpos. Meat and Poultry (Carne e Aves) - Set.87
Os grandes produtores preocupados basicamente com produtividade e lucro. Eles não se preocupam com os efeitos sobre os animais. É como se elas não estivessem nem mesmo matando animais. Elas estão "desmontando-os", processando matéria-prima numa operação de produção. Dave Carney, National Joint Council, conforme descrito em Slaughterhouse (Matadouro), 1997
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5 comentários:
Nunka gostei de carne suina, nem quando naum era vegetariana....
Muita crueldade isso!!!
Nunka gostei de carne suina, nem quando naum era vegetariana....
Muita crueldade isso!!!
é triste demais ver essas coisas...
Pior que esse bicho são as pessoas que passam fome, dariam muita coisa nem q fosse pra comer a lavage que esse porcos comem...
Tem muita gente preguiçosa por aí que não quer saber de trabalhar por isso que fica almejando a lavagem do pobre porco como se ele tivesse pedindo para ficar trancafiado num espaço super pequeno e se alimentando de alimento em estagio de putrefação.....vamos ser menos hipocrita; o "ser Humano" tem boca para pedir um prato de comida e tem mãos e pés ( a maioria) para trabalhar!!!!
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