18.12.10
Resenha Animação Vegana (Instituto Nina Rosa)
Agora imagina que além de todas as dificuldades ainda o tema é extremamente delicado, político e acima de tudo mexe no seu prato, falo da animação do Instituto Nina Rosa "Vegana".
A animação é em 2D e conta a história de Luka, uma garota idealista que mostra a seus familiares e a sociedade aonde estão mascarados os maus tratos e a exploração do animais.
O desenho está dividido em 12 episódios com 12 temas que vão de postura ética até consciência coletiva.
O acabamento é limpo e por ser em preto e branco algumas cenas como os animais sendo abatidos tornam-se mais chocantes devido ao belo trabalho do diretor Airon Barreto.
Foi um trabalho árduo de quase dois anos para que o "Vegana" fosse lançado. A idealização é de Nina Rosa Jacob, presidente do Instituto Nina Rosa que assina a produção executiva deste projeto incrível.
Participei da criação dos personagens e do argumento. E posso assegurar o orgulho de estar envolvida na primeira animação com temática da causa animal no Brasil.
O Instituto disponibilizou os episódios no youtube para que todos possam ver e divulgar.
Acredito que iniciativas assim devam ser seguidas e somente tendo tanto amor a causa e comprometimento com a mensagem que se produz um projeto deste porte!
Parabéns a todos os envolvidos e um agradecimento especial a Nina Rosa pelo exemplo e pelo amor!
Aqui o link para ver a sequencia no Youtube.
http://www.youtube.com/watch?v=eBRKb9qmLvo&feature=&p=E5EF4CA5F0F4A4DC&index=0&playnext=1
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16.9.10
3º Congresso Vegetariano Brasileiro
"Restaurante canibal" que causou mal-estar na Alemanha era campanha pró-vegetarianismo
A associação de vegetarianos Vebu revelou nesta quinta-feira que a ampla campanha de inauguração de um suposto restaurante canibal em Berlim, na Alemanha, foi apenas um golpe publicitário para atrair atenção à causa.
A inauguração do restaurante Flimé, que contava com site oficial onde anunciava até mesmo uma matriz brasileira, causou mal-estar e duras críticas de políticos alemães e ganhou grande destaque não só na imprensa alemã, como em todo o mundo.
Anúncio de restaurante brasileiro causa polêmica em Berlim ao oferecer carne humanaCanibal francês revela como matou e comeu colega de celaApós piada sobre canibais, premiê da Nova Zelândia se desculpa
"Todo pedaço de carne contém um humano", defende a Vebu, em uma entrevista a jornalistas na qual prometia oferecer "amostras grátis" de seu polêmico cardápio canibal. O nome Flimé, explica o grupo em comunicado enviado por e-mail à Folha.com, é a sigla para '"Fleisch isst Menschen" (Carne come humanos).
A Vebu lista uma série de argumentos já amplamente utilizados pelas organizações contrárias ao consumo de carne, como "a cada 3,6 segundos alguém morre por subnutrição, enquanto a maior parte dos grãos produzidos são usados para alimentar animais de fazenda", ou "pecuária está produzindo mais gases de efeito estufa que o setor de transporte".
A organização defende que o golpe publicitário, que classificam de "campanha criativa", serviu para chamar a atenção de todos, já que "ninguém pensa nestes fatos na rotina diária".
A inauguração da filial do Flimé em uma locação secreta de Berlim em 8 de setembro causou polêmica ao permitir que os clientes interessados fizessem um cadastro e oferecessem partes do seu próprio corpo.
O vice-presidente da União Cristã-Democrata de Berlim, Michael Braun, expressou na época sua indignação com o restaurante e culinária, após relatar ter recebido diversos e-mails de cidadãos furiosos. "Espero que seja apenas uma brincadeira de mau gosto", afirmou Braun ao jornal alemão "The Bild", já antecipando que a campanha poderia ser apenas para despertar a curiosidade.
"É nojento. Em particular porque um morador de Berlim foi assassinado por um canibal há pouco tempo", disse Braun, se referindo a Armin Meiwes, sentenciado à prisão perpétua em 2006 por matar e comer um morador da capital alemã cinco anos antes.
O site do restaurante não incluía no cardápio nenhuma referência direta à carne humana, mas dizia seguir a cultura indígena wari --tribo da selva amazônica conhecida pela cultura do canibalismo--, na qual "comer é um ato espiritual com o qual ganhamos a mente e a força da criatura comida".
No site trilíngue (alemão, português e inglês), os clientes interessados ainda podiam preencher um cadastro com uma série de perguntas sobre hábitos médicos e de saúde, como fumo, consumo de bebidas alcoólicas e frequência de atividade física. No fim, há um alerta: "Os membros associados do Flimé concordam, com este, em doar para o Flimé qualquer parte de seu corpo, que será determinada pelo próprio associado. [...] A finalidade do uso da parte doada é de livre escolha do Flimé".
"Seja a fome mundial, mudança climática, falta de água, desflorestamento, doenças animais ou doenças do estilo de vida, todos estes grandes problemas globais são causados ou intensificados pelo nosso consumo de carne humana", disse o porta-voz do grupo, Sebastian Zösch, aos jornalistas.
15.9.10
Lady Gaga e seu vestido de carne chocam defensores dos animais
NOVA YORK (AFP) - A estrela pop americana Lady Gaga escandalizou nesta terça-feira os defensores dos direitos dos animais depois de ter usado, durante a cerimônia de entrega dos MTV Awards, no domingo, um vestido de carne crua.
A cantora de 24 anos, conhecida por sua extravagância e por seus 'hits' planetários, foi o centro das atenções no domingo em Los Angeles, ao abocanhar oito prêmios e subir no palco usando um vestido feito com pedaços de carne crua.
Além do vestido, a polêmica cantora usava sapatos de salto alto de carne, um bife em forma de chapéu e uma bolsa de mão, também feita de carne, que ela entregou à cantora Cher no momento de receber o prêmio de melhor vídeo por "Bad Romance".
"Lady Gaga passa por maus momentos tentando chamar a atenção", considerou a associação Peta, que luta contra os maus tratos aos animais. "Alguém devia dizer a ela que o açougue tende a repugnar mais do que impressionar".
"O bife é a carne em decomposição de um animal mal tratado, que não queria morrer, e depois de um tempo sob os holofotes, deve ter cheirado como carne em decomposição e ficado cheio de vermes", acrescentam os porta-vozes da associação.
Lady Gaga explicou na segunda-feira em um 'talk-show' americano que essa roupa podia gerar "várias interpretações".
"Certamente, não é uma falta de respeito com os vegetarianos", assegurou a cantora. "Se não defendermos nossas ideias e se não lutarmos pelos nossos direitos, logo teremos tantos direitos quanto carne sobre nossos ossos. E não sou um pedaço de carne".
8.9.10
Paul McCartney critica a NASA por fazer experiências com animais
Segundo o site "Wenn", Paul está indignado com certas experiências científicas da NASA, que vem utilizando macacos para fazer testes radioativos.
"Acredito que a NASA tem condições para investigar os efeitos das viagens espaciais na saúde sem precisar confinar e testar animais", escreveu McCartney ao administrador da NASA, Charles Bolden.
"Seria terrivelmente decepcionante se, em nossa busca para explorar novas fronteiras e aprender sobre o fascinante universo em que vivemos, nós regredíssemos no tratamento dos animais com os quais dividimos o planeta", argumentou o músico. "Apelo para que essa experiência seja cancelada".
A NASA ainda não se manifestou sobre o pedido de Paul.
* Fonte: IG Notícias
1.9.10
Tofu frito
30.8.10
Abandonados à própria sorte.
Fiquei pensando, vim buscar na internet ações que tenham auxiliado essa espécie de animal, e encontrei as cidades que aprovaram leis proibindo carroças nas áreas urbanas (no entanto, a maioria delas previa reduzir incidentes no trânsito, como lentidão, devido ao desenvolvimento e não ao bem-estar do animal em si), leis sobre abandono de cavalos (que existe, mas é falha) e outras sobre o recolhimento dos dejetos dos animais.
Concluí que realmente, como disse o rapaz, os cavalos são realmente um dos animais que mais sofrem, abandonados à própria sorte, alimentando-se de lixo, puxando homens e coisas pelo caos urbano. O que poderíamos fazer?
28.8.10
Livro: A Grande Feira, Luciano Trigo
Como já havia citado neste blog, há muitas pessoas, entre essas estudantes de artes, que possuem muitas dúvidas referentes a arte contemporanea.
Para ter conhecimento sobre o assunto é importante construir sua própria opnião sobre o mesmo em fontes diferenciadas.
Em A Grande Feira, Luciano Trigo apresenta uma crítica incisiva sobre a arte contemporânea que vem sendo produzida desde os anos 70 e como funciona seu mercado, a falta de técnica, o sistema como um todo e a como a crítica de arte tem se tornado irrelevante. Apresentando também fatos da arte contemporanea mundial, suas extravagências e subordinações.
Foi um ótimo conflito entre minha leitura anterior e esta (estou terminando a leitura deste), onde em Temas da Arte Contemporânea, Kátia Canton como curadora, defende o movimento artístico no qual ela trabalha. Já Luciano Trigo trás uma reação a tudo que tem acontecido em relação a arte contemporânea e seu sistema mercadológico.
Recomendo a leitura, adiantando que em alguns momento os argumentos ao longo das críticas são um tanto repetitivos. Mas é uma leitura super importante para quem quer construir conhecimentos sobre a produção e o mercado artístico, ajudando assim a formar opiniões sobre a arte contemporânea.
A capa do livro onde há um tubarão em um tanque, na verdade é um tanque de formol e o tubarão está morto, e o mesmo começou a decompor após dois anos... e consideram isso arte? Infelizmente, consideram!
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18.8.10
Tatuagem em porcos.
Sou defensora das tatuagens, aliás possuo algumas, no entanto possuo porque eu escolhi que queria ser tatuada. Um animal não pode fazer isso. E, sinceramente, tirar a vida de qualquer animal nunca poderá ser chamado de arte.
28.7.10
23.7.10
Absurdo
Cerveja de R$ 1,3 mil é servida em animais mortos empalhados
Uma cerveja escocesa cuja garrafa é feita a partir de animais empalhados está provocando polêmica e revolta entre alguns consumidores.
Cada garrafa da cerveja The End of History ("O Fim da História"), feita pela cervejaria BrewDog da cidade escocesa de Fraserburgh, custa a partir de 500 libras (cerca de R$ 1.350).
As garrafas são inseridas em animais empalhados, que servem de embalagem para o produto. Entre os animais usados estão sete mustelídeos, quatro esquilos e uma lebre. A cervejaria alega que todos os animais morreram de causas naturais e não foram caçados.
A BrewDog atraiu críticas de duas entidades escocesas, uma de proteção dos animais e outra de combate ao alcoolismo. A Advocates for Animals diz que a ideia de se usar animais mortos como garrafas é "perversa".
"É sem sentido e é completamente negativo usar animais mortos, quando nós gostaríamos de celebrar animais vivos", disse à BBC a diretora da Advocates for Animals, Libby Anderson.
"É uma forma errada de se pensar em animais. As pessoas deveriam aprender a respeitar os animais, em vez de usá-los como um truque idiota de marketing. Eu espero que as pessoas não joguem fora 500 libras em algo tão macabro."
Já a Alcohol Focus Scotland, entidade de combate ao alcoolismo, criticou a The End of History, anunciada pela BrewDog como a cerveja com maior teor alcoólico do mundo - 55%.
"Isso é outro exemplo de uma companhia passando dos limites do que é aceitável, tudo em nome de táticas baratas de marketing", disse Bárbara O''Donnell, diretora da entidade.
A BrewDog já foi criticada anteriormente por fabricar cervejas com teor alcoólico de 32% e 41%. Normalmente, o teor alcoólico de uma cerveja comum varia de 4% a 7%.
A cerveja também é anunciada pelo fabricante como a mais cara da história. Os donos da cervejaria defendem o produto das críticas.
"Nós queremos mostrar às pessoas que existe uma alternativa às cervejas de corporações monolíticas, introduzindo-as a uma abordagem completamente nova em relação à cerveja, elevando o status da cerveja na nossa cultura", disse James Watt, um dos fundadores da BrewDog.
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31.5.10
19.5.10
Voce realmente proteje os animais?
Existem 3 tipos de pessoas:As que fazem acontecer, as que deixam acontecer e as que perguntam o que aconteceu? (John Richardson Jr)
12.5.10
Apata comemora 30 anos de trabalho voltado a ajudar os animais
Por não contar com nenhum tipo de apoio, a entidade, que desde 2000 é considerada de Utilidade Pública e sem fins lucrativos, vem enfrentando muitas dificuldades para manter-se em funcionamento, visto que só conta com a ajuda de seus associados, com a contribuição mensal de R$ 15,00 para manutenção dos animais. Desde o ano passado, a Apata promove mutirões de castrações a preços simbólicos, incentivando as pessoas de menor poder aquisitivo a castrar os seus animais. Essa medida é extremamente necessária diante do alarmante número de animais jogados pelas ruas de Taubaté (SP), sem falar nos casos extremos e cruéis de maus-tratos por parte de algumas pessoas que se deparam com um cão errante.
Para a jornalista Angélica Monteiro, diretora da Apata, a castração e a tutela responsável são duas armas eficientes para fazer o controle populacional de cães e gatos, além, é claro, da informação e conscientização da comunidade sobre esses procedimentos importantes. “O primeiro passo é informação e o segundo é o direito básico de qualquer ser vivo: o respeito. Uma outra solução seria a implantação, a exemplo do que ocorre em São Paulo, do RGA – Registro Geral Animal, ou mesmo a chipagem, duas maneiras adequadas de se chegar ao tutor de um animal com certeza,” diz.
Faz parte da história da Apata nessas três décadas de vida, na defesa dos direitos e proteção dos animais, a geração de políticas públicas voltadas para o bem-estar animal. A lei das carroças, que entrou em vigor recentemente, foi uma de suas iniciativas abraçadas pelos vereadores Henrique Nunes e Alexandre Villela, entre outros, e sancionada pelo prefeito Roberto Peixoto, em 2009.
A Prefeitura Municipal de Taubaté sensibilizada pela situação enfrentada pela entidade, está buscando auxiliá-la com a doação de uma nova área para construção de um abrigo, por intermédio do vereador Chico Saad, juntamente com os diretores dos Departamentos de Planejamento e do DSU, respectivamente, Dr. Pedrosa e Renato Filgueiras.
Segundo Angélica Monteiro, existe, a partir desse fato, a possibilidade de implantação de vários projetos para os quais a ONG está buscando parcerias.
“A prioridade, depois do canil e gatil apropriados, será a construção de um hotelzinho, uma fábrica de ração e até mesmo de um biodigestor (um equipamento onde se depositam excrementos para se decomporem e gerarem biogás através de uma rede de captação de dejetos, com tubulação específica), além de um sistema de reaproveitamento das águas pluviais, por meio de cisterna. Nos nossos planos cabem, ainda, convênios com veterinários do município para um Cartão-Castração, cuja venda gerará renda (30%) para a entidade e o restante para cobrir os custos, por exemplo. Hoje, já temos um banho e tosa e uma clínica veterinária, a Carinho Animal (3026-1224), que tem atendimento bem mais em conta para os nossos associados. Mas o nosso desejo principal mesmo é que os animais sejam respeitados pelo ser humano, tão mais inteligente, mas que ainda, é capaz de torturar e maltratar tanto os seus semelhantes, quanto mais os considerados inferiores, como no caso, os animais. Quem sabe, num futuro próximo, as coisas mudem. É a nossa esperança e a nossa vontade através do trabalho conjunto daqueles que amam os animais”, resume.
Quem se interessar por maiores informações pode acessar o site de Apata ou pelo tel. 3011-1176, das 14h às 18h de segunda a sexta-feira ou na sede da Apata localizada no Pq. Dr. Barbosa de Oliveira, na Rodoviária Velha, sala 1, no Corredor C, Piso Superior.
27.4.10
Contra rodeio em Caçapava
12.4.10
5.4.10
23.3.10
O Veganismo não para de crescer, Conheça os serviços da Vegan Mainstream, Uma empresa especializada em marketing vegano
Vegan Mainstream fornece soluções de marketing para empresas veganas e vegetarianas. Lançada em outubro de 2009, é um planejamento estratégico e de marketing de empresas dispostas a ultrapassar a suas ambições de mercado para seu negócio.
Vegan Mainstream foi fundada por Stephanie Redcross, uma vegana dedicada com experiência de mais de 11 anos de comercialização com empresas de pequeno porte e 500 empresas da Fortune. Stephanie lidera uma equipe de pessoas que são extremamente talentosas em planejamento estratégico, inteligência de mercado, meios de comunicação social, design, optimização de motores de pesquisa e relações públicas. Em conseqüência a Vegam Mainstream supera-se na sua capacidade de combinar as competências e fornecer um serviço de comercialização de soluções sob medida.
A palavra vegan ‘foi inventada a mais de 65 anos atrás, e enquanto o veganismo já foi considerado extremo, indo de veganos ou vegetarianos, isto está se tornando uma grande admiração por todos e uma escolha de vida popular. Não há dúvida que a tendência de “menos-carne” está aumentando entre os consumidores – vegan, vegetariano ou não , as pessoas mais do que nunca estão investindo e acreditando na compra de proutos sem crueldade, produtos livres. Vegan Mainstream utiliza ferramentas inovadoras de marketing para divulgar a consciência do seu negócio animal amigável para ambos os vegans e não-consumidores vegan.
Vegan Mainstream pode ajudá-lo se você quiser aumentar o volume de clientes, melhorar seu tráfego na web, gerenciar uma campanha Twitter, identificar novos clientes, ou se você precisar de promoções de produtos criativos, inteligência de mercado detalhada; gerenciamento de campanhas e maestria PR. Vegan Mainstream está aqui para fazer seu negócio vegano ou vegetariano serem bem sucedidos, assim que poder impulsione seus negócios no mainstream – solicita uma proposta.
E-mail: marketing@veganmainstream.com
Site oficial: veganmainstream.com
MTV Animalista: Leite? não obrigado
Só linkando matéria que achei mais iteressante pelo fato de ter saido na MTV.
http://mtv.uol.com.br/animalista/blog/leite-nao-obrigada
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8.3.10
1.3.10
20.1.10
ATO em defesa dos cetáceos no consulado do Japão em SP
Coordenador Regional Voluntário
Instituto Sea Shepherd Brasil
(Instituto Guardiões do Mar)
São Paulo
Brasil
http://www.seasheph
http://www.seasheph
http://blog.
Denúncias:
seashepherd@
8.1.10
Publicação em coluna da Revista Época: Seu filho virou vegetariano. E agora?
Quando Frank, de 13 anos, virou vegetariano, seu pai, o jornalista Andrew Martin, achou que havia duas explicações possíveis para o comportamento: ou ele queria aborrecer o pai ou queria desafiá-lo, como todo adolescente. O jovem anunciou a decisão de não comer mais carne um dia depois do jantar que reuniu amigos vegan e uma pessoa que havia passado a tarde caçando um cervo e contou em detalhes as estratégias para atingir os órgãos vitais do bicho.
A primeira reação de Martin, segundo ele conta em artigo no jornal britânico Guardian, foi dizer que o filho não podia se tornar vegetariano. “Não posso ter que me preocupar em cozinhar para um vegetariano”, disse o pai, que vem de uma longa tradição de “carnívoros”. Ele perguntou, então, por que o menino tinha se tornado vegetariano – se é que havia outra razão, além da de aborrecer o pai. “Não acho que os animais devam ser criados só para serem comidos”, respondeu o garoto.
Não se dando por vencido, Martin preparou a receita de carneiro preferida de Frank para tentar dissuadi-lo. Ao olhar para a carne na panela, o menino disse: “Isso é assassinato, você sabe”. Com o fracasso da primeira tentativa, o pai tentou convencer o filho pelo menos a comer peixe e conseguiu usando o seguinte argumento: “Jesus Cristo comia peixe, e eu espero que você não tente alegar superioridade moral sobre Ele”.
A ideia da mulher de Martin, porém, era diferente: vamos ajudá-lo a se tornar vegetariano porque, aí, ele vai se cansar logo. Pensou: é coisa de adolescente. Até que uma amiga do casal contou que seu filho também havia decidido se tornar vegetariano nessa fase e continuava a seguir a dieta 20 anos depois. Segundo a Sociedade Vegetariana, apesar de não haver estatísticas, muitas pessoas param de comer carne justamente na adolescência, quando começam a questionar o mundo em que vivem.
Com as discussões sobre a relação da carne com problemas de saúde e com o aquecimento global, é ainda mais provável que os jovens escolham a nova dieta, em geral diferente da dos pais. E são os pais que devem se preparar para lidar com a novidade. O médico Dan Waitzberg, professor da Faculdade de Medicina da USP e responsável pela nutrologia do Hospital das Clínicas, esclarece algumas dúvidas que podem surgir na cabeça dos pais quando os filhos decidem deixar de comer carne.
Acontece de os pais não aceitarem a decisão do filho?
Dan Waitzberg - Isso é uma questão de dinâmica familiar. É preciso que haja um ambiente de respeito ao adolescente, que é muito salutar para o desenvolvimento da mente dele. Geralmente o jovem decide parar de comer carne junto com um grupo de amigos na escola. É muito difícil que ele faça isso sozinho. Então a recomendação para a família é entender, porque o adolescente não está propondo nenhum absurdo, e tentar acomodar isso dentro do convívio.
Os pais devem tentar dissuadir o filho de adotar o vegetarianismo?
Não acho que devam tentar. A Sociedade Americana de Pesquisa sobre o Câncer recentemente publicou que devemos ingerir 300 gramas de carne vermelha por semana. O brasileiro come isso num almoço. Uma churrascaria ultrapassa até o limite semanal. E é reconhecido que a ingestão exagerada de carne está relacionada a vários problemas futuros, como doenças cardiovasculares e câncer. Existe também um outro ponto de vista que relaciona a ingestão de carne ao aquecimento global. Tem o ponto de vista de saúde, o ponto de vista social. O que eu friso do ponto de vista da saúde é que a opção pelo vegetarianismo não pode ser encarada de maneira amadora. Ou seja, se a pessoa tomou essa decisão, tem que buscar conselho de nutricionista, de nutrólogo, para desenhar um cardápio diário.
Existe algum risco relacionado ao vegetarianismo entre adolescentes?
Os problemas maiores obviamente vão acontecer com os vegans (aqueles que não comem nenhum derivado animal, nem leite nem ovo), porque as crianças estão numa fase em que precisam de alguns nutrientes em uma certa quantidade que nem sempre é possível obter facilmente pela dieta vegetariana. É possível, mas tem que ter um acompanhamento de um médico nutrólogo, que vai avaliar as curvas de peso e altura, e de uma nutricionista, que vai prescrever uma dieta diária com base na idade, nas atividades e em outras características do paciente. Pode também haver necessidade de reposição nutricional, por exemplo, entre meninas que têm bastante fluxo menstrual. Elas podem necessitar mais de ferro, ácido fólico e vitamina B12. Entre os adolescentes que se dedicam seriamente aos esportes, é também importante observar que eles precisam de mais vitaminas e minerais. Então os cardápios têm que ser bem avaliados e, mesmo que a dieta seja adequada, pode ser necessária a suplementação.
Existe alguma idade mínima para adotar o vegetarianismo?
Os filhos de vegan convictos, por exemplo, mamam o leite materno até mais tarde e, depois, vão começando a se alimentar só com os vegetais. Mas tem que saber muito bem como fazer, com conselho de pediatras, que vão acompanhando e recomendando, também, os suplementos que todo bebê têm que tomar, de vitamina A. O vegetarianista consciente hoje não é um fanático. É um sujeito consciente, que quer manter uma boa saúde evitando os alimentos de origem animal. O ovo-lacto-vegetariano não tem o menor problema porque consegue suprir todas as necessidades proteicas e de vitaminas com a alimentação. O mais delicado é o vegan.
Qual é o principal desafio para os pais de vegetarianos?
Um dos problemas é que é muito fácil falar coma determinados alimentos. O complicado é preparar a nova dieta. A família precisa se reestruturar para suprir as necessidades do filho vegetariano. Não é nada impossível, mas a mãe vai ter que aprender métodos de preparo diferenciados. Talvez os outros filhos não queiram o mesmo e o filho vegetariano vai ter que entender que, na mesma mesa, os outros vão comer carne e outros derivados. Mas com conversa e entendimento, isso é perfeitamente possível.
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Família vegana é tema de série de animação do canal GNT
Fonte: mailing do INR
Vamos assistir e ver a abordagem que darão ao assunto.